sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Pela 1ª vez em quatro anos, bolsa fecha mês sem oferta de ações

O cenário atual da economia brasileira é a principal explicação

O mercado enxergou com ressalvas os primeiros dias do governo Lula
O mercado enxergou com ressalvas os primeiros dias do governo Lula | Foto: Divulgação

O primeiro mês de 2023 vai terminar sem nenhuma oferta de ações na Bolsa de Valores (B3), seja ela uma oferta primeira (IPO, na sigla em inglês) ou uma oferta subsequente — realizada por empresa que já tem capital aberto.

Desde 2019, essa é a primeira vez que janeiro não tem uma oferta de ações. O cenário atual da economia brasileira é a principal explicação.

Com a estagnação da taxa de juros em 13,75%, fato que se somou à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva diminuíram o apetite dos investidores que têm migrado para o mercado de renda fixa. Isso, consequentemente, dificultou para as companhias a realização de oferta de ações na Bolsa.

O mercado enxergou com ressalvas os primeiros dias do governo Lula principalmente por conta de propostas que se chocam com o teto de gastos. Com isso, a Bolsa sentiu reflexos do aumento da sensação de risco fiscal no país.

O empecilho se dá principalmente no processo de registro de demanda. Atualmente, não há interesse do mercado por renda variável, com isso, o valor da ação acaba não sendo atrativo e as companhias suspendem o processo de abertura de capital.

Revista Oeste