Novo secretário foi removido de posto, depois de ser alvo de uma operação da PF que investigava desvios de R$ 400 milhões
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, nomeou Paulo Roberto dos Santos secretário de Regime Próprio e Complementar nesta sexta-feira, 27. Em 2013, durante o governo Dilma Rousseff, Santos foi demitido do comando da Secretaria-Executiva do Ministério do Trabalho, depois de ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investigava desvios de R$ 400 milhões na pasta.
A partir de agora, Santos será responsável por cuidar das regras dos regimes de Previdência de servidores públicos de Estados e municípios — uma área sensível que envolve investimentos milionários de fundos de pensão.
Desde que assumiu o ministério, Carlos Lupi tem se envolvido em polêmicas. Há dez dias, ele se autonomeou para o conselho fiscal do Sesc. A posição vai garantir ao pedetista uma remuneração extra mensal. No governo federal, Lupi já recebe um salário de quase R$ 40 mil.
O colegiado remunera seus integrantes por reuniões de que participam. Em 2022, o valor pago foi de R$ 3,5 mil por encontro, montante que deve ser mantido ou até aumentado em 2023.
O conselho se encontra, no mínimo, uma vez ao mês. O número de reuniões, contudo, pode ser maior, em caso de convocações extraordinárias, o que pode elevar ainda mais a remuneração de seus membros. Ao longo dos últimos dois anos, chegaram a ser realizadas seis reuniões mensais, garantindo até R$ 21 mil.
Cristyan Costa, Revista Oeste