sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Número de assassinatos no Brasil cai nos primeiros nove meses de 2022 - Veremos a partir de 2023, se o ex-presidiário subir a rampa

 Levantamento foi feito pelo portal G1 com base em dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública

Número de homicídios, lesões seguidas e morte e latrocínios caíram 3% | Foto: Reprodução/Pixabay
Número de homicídios, lesões seguidas e morte e latrocínios caíram 3% | Foto: Reprodução/Pixabay

Um levantamento feito pelo portal G1 com base nos dados obtidos nas Secretaria de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal revela que houve queda no número de assassinatos no Brasil nos nove primeiros meses do ano.

Segundo o levantamento, 30,2 mil assassinatos foram registrados até setembro, o que representa uma queda de 3% em relação ao mesmo período de 2021, que teve cerca de mil mortes a mais. O número de mortes perfaz uma média de 111 homicídios por dia no país, entre janeiro e setembro.

O levantamento incluiu os homicídios e as lesões corporais seguidas de morte, que são crimes contra a vida, e os latrocínios ou roubos seguidos de morte, que são crimes contra o patrimônio.

Apesar da redução geral das mortes, 11 Estados registraram alta nas mortes, incluindo Rondônia, com a maior alta, de 29%. Nos outros Estados, houve redução dos assassinatos e a maior baixa foi no Amapá, com 34% de mortes a menos que nos três primeiros meses de 2021.

A queda ao longo de 2022 até o momento está seguindo a mesma tendência do ano passado. Em 2021, o Brasil teve uma queda de 7% no número de assassinatos. Foram 41,1 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007.

A queda mais expressiva foi a da região Nordeste, com uma diminuição de quase 5%. Foram cerca de 700 mortes a menos, com maior porcentual de redução na Bahia (-11% de mortes) e no Ceará (-8%). Três estados da região, no entanto, tiveram alta: Piauí (9%), Alagoas (7%) e Pernambuco (2%).

A região Sudeste teve uma queda de 4% nos primeiros nove meses do ano. No Norte do país, houve queda de 3% entre janeiro e setembro deste ano.

A região Centro-Oeste teve queda de 1% e os indicadores foram puxados por Mato Grosso, com alta de 13%, e Mato Grosso do Sul (+ 5%), Estados marcados por conflitos nas fronteiras. Na região Sul, houve alta de 3% das mortes, com Rio Grande do Sul e Paraná com altas de 2% e 6%, respectivamente.

Taxas por 100 mil habitantes

Veja abaixo as taxas de mortes por 100 mil habitantes de cada estado, da maior para a menor:

  • Pernambuco: 26,3
  • Bahia: 25,3
  • Alagoas: 24,7
  • Amazonas: 24,3
  • Ceará: 24,2
  • Rio Grande do Norte: 22,7
  • Rondônia: 22,1
  • Paraíba: 20,8
  • Roraima: 20,2
  • Pará: 19,6
  • Tocantins: 19,2
  • Maranhão: 18,9
  • Mato Grosso: 18,8
  • Espírito Santo: 18,4
  • Amapá: 18,1
  • Sergipe: 18,1
  • Piauí: 18
  • Acre: 16,1
  • Paraná: 13,3
  • Rio de Janeiro: 13,3
  • Mato Grosso do Sul: 12,8
  • Goiás: 12,4
  • Rio Grande do Sul: 11,3
  • Minas Gerais: 8,8
  • Distrito Federal: 7,2
  • Santa Catarina: 6,4
  • São Paulo: 5,2

O levantamento, segundo o G1, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do portal com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Leia também: O direito às armas, reportagem publicada na edição 125 de Oeste.

Revista Oeste