As ações preferenciais, mais negociadas, da Petrobras atingiram o valor de R$ 29,50 na Bolsa de valores brasileira nesta sexta-feira (25). O patamar é o maior desde junho de 2010.
No momento, a companhia tem um valor de mercado de R$ 404 bilhões, maior patamar desde 2007, quando a economia brasileira vivia um dos seus melhores momentos com o boom internacional os preços de matérias-primas. Naquele ano, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de 5,7% e a empresa valia R$ 430 bilhões.
A valorização de 4,2%, por volta das 12h40, das ações da petroleira é fruto dos bons resultados apresentados pela companhia em seu balanço do terceiro trimestre deste ano.
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A Petrobras fechou o terceiro trimestre de 2019 com lucro de R$ 9,1 bilhões, alta de 36,8% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O desempenho supera a baixa nos preços internacionais do petróleo e reflete o aumento na produção do pré-sal e a entrada de recursos com a venda de ações da BR Distribuidora.
O lucro veio acima das expectativas do mercado, animando investidores que na véspera temiam o contrário. Nesta sexta, a recomendação das corretoras era de compra para os papéis da companhia.
"Em um trimestre em que preços de petróleo foram em média -9,5% em relação ao período anterior, a empresa demonstrou resiliência, com geração de caixa em patamares saudáveis e redução do endividamento", diz relatório da XP Investimentos.
"A produção de óleo e gás recorde (3 milhões de barris/dia), o ramp-up [aumento da produção antes do aumento da demanda] de novas plataformas de exploração e a melhora na eficiência de alocação de capital contribuíram para o resultado positivo. Outro ponto positivo: o custo de extração no pré-sal atingiu o nível recorde US$ 5 por barril de petróleo, contribuindo para um custo médio total de extração de US$ 10, mitigando os efeitos de um preço de barril de petróleo mais baixo", afirma relatório da Guide Investimentos.
As ações ordinárias, menos negociadas, têm alta de 4%, a R$ 32, maior patamar desde março deste ano.
O bom desempenho da companhia mais negociada da Bolsa levou o Ibovespa a bater os 108 mil pontos pela primeira vez na história por volta das 10h48. No momento, o índice perdeu força e opera a 107.427 pontos, alta de 0,4%.
O viés positivo levou a cotação do dólar a recuar abaixo dos R$ 4 pela primeira vez desde 15 de agosto. No momento, o dólar recua 1%, cotado a R$ 4.
Enquanto a Petrobras é a maior alta da Bolsa na sessão, a outra ponta é da Ambev. Com queda nas vendas de cerveja no Brasil no terceiro trimestre, a companhia despenca 8%, a R$ 17,65, menor valor em quatro meses.