“A imaginação é essencialmente criadora e sempre procura uma forma nova”. (Oscar Wilde)
Não tenho certeza se o aforismo é do poeta e fabulista francês La Fontaine, porque não me lembro de onde tirei e o tenho apenas de memória; mas tenho quase certeza de que é dele: “O mundo jamais careceu de charlatães e a charlatanice é até reconhecida como ciência por alguns juízes”.
E por falar em charlatanice (perdoem-me os doutores laureados pelo estudo da linguística na sua forma escrita), eu gostaria de ser um grafólogo para analisar as sentenças dos supremos ministros do STF. Será que suas letras tremem ao escrever barbaridades para salvar seus bandidos de estimação? Ou para mentir descaradamente pelo mesmo motivo?
Mas os tempos são outros, a caligrafia já era… eles usam o teclado do computador, sempre criando dificuldade para o estudo dos seus escritos. Sabem que a frieza impressa não revela emoções. Para conhecer o caráter deles, somente pelo voto oral, que ainda podemos acompanhar pela TV-Justiça…
Neste caso, sem as letras manuscritas, louvamos Gutenberg – o inventor da prensa de tipos móveis –, por termos nas mãos livros, e o livro “Código da Vida”, memórias autobiográficas do advogado Saulo Ramos, ex-consultor-geral da República e ex-ministro da Justiça no governo Sarney.
O livro desnuda a falsa moral reinante no Supremo e em particular de Celso de Mello, cheio de fricote com as críticas do presidente Jair Bolsonaro, mas que se calou covardemente quando o presidiário Lula da Silva disse que os ministros do STF estavam acovardados.
Sobre Celso, conta Saulo um episódio curioso no julgamento do pedido de impugnação da candidatura de Jose Sarney pelo Estado do Amapá, em que Celso votou pela impugnação. Covarde, apressou-se em justificar com Saulo o voto dado: -“Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto; – “Claro! ”, disse Saulo, “O que deu em você? ”
Aí Celso tentou justificar: — “É que a Folha de São Paulo, na véspera da votação, noticiou que o presidente Sarney tinha os votos definidos favoravelmente e o meu nome como um deles; e então estando garantida a vitória dele, não precisava mais do meu, então decidi desmentir o jornal…”
Saulo não se conteve. –“Então você votou contra o Sarney porque a Folha de São Paulo noticiou que você votaria a favor? … E se o Presidente não estivesse garantido ao chegar à sua vez, você votaria a favor dele? ”.
Celso se animou e garantiu: -“Sim, exatamente; o senhor entendeu? ” Saulo então foi curto e grosso: — “Entendi. Entendi que você é um juiz de merda! ”.
Voltando aos presente, vimos que o presidente Jair Bolsonaro teve um rompante para se defender dos ataques que vem sofrendo, divulgando um vídeo zoológico (que depois apagou) onde ele aparece como um leão enfrentando uma manada de hienas nomeadas como o STF, o PSL, a OAB e a Mídia, entre outras.
Não sei se o cidadão Jair Bolsonaro é afeito à zoologia, a ciência que estuda a vida animal; eu não sou, mas sei bem o que são metáforas e neologismos, para que servem, atingindo a quem se quer atingir.
Bolsonaro desenhou uma audaciosa metáfora; e eu atrevi-me a enfrentar o grande Diderot, que disse:
– “Só Deus e alguns gênios raros continuam a avançar nas inovações” Então criei a palavra “deshienação”, usando-a para uma caprichada limpeza nas instituições brasileiras, limpando-as, para que a Ética e a Justiça imperem no Brasil, tão necessitado delas!