Apple TV+ vem para brigar pelo mercado de serviços de streaming
A Apple registrou receita recorde com seu setor de serviços neste terceiro trimestre de 2019 – o quarto de seu ano fiscal. Entre julho e setembro de 2019, a empresa faturou US$ 12,5 bilhões com a divisão, que conta com ofertas como o serviço de streaming Apple Music, o serviço de nuvem iCloud e a recém-lançada biblioteca de jogos Apple Arcade. O mercado reagiu bem aos números, que sinalizam que a aposta da empresa em depender cada vez menos da venda do iPhone está dando certo em seus primeiros passos: após o fechamento do mercado, as ações da empresa subiram 1,51%.
O segmento deve ganhar ainda mais força a partir dos próximos resultados financeiros da empresa, por conta do lançamento do Apple TV+ nesta sexta-feira, 1º de novembro. O serviço de streaming de vídeo da empresa, rival da Netflix, chegará a diversos países por valores acessíveis – aqui no Brasil, a mensalidade custará R$ 10.
O bom humor do mercado foi tanto com o desempenho do setor de serviços que compensou até mesmo a queda de 3% no lucro da empresa, na comparação com o mesmo período do ano passado, na casa de US$ 13,7 bilhões. Já a receita subiu 2%, totalizando US$ 64,04 bilhões neste terceiro trimestre de 2019.
O principal fator para a queda no lucro foi a redução das receitas da empresa com iPhone – segundo os números revelados nesta quarta-feira, 30, o faturamento da companhia de Tim Cook com seu principal produto caiu cerca de 10% entre o 3º trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019. Os resultados, porém, ficaram acima das expectativas dos analistas de Wall Street. "As vendas do iPhone 11 começaram bem, muito bem", declarou o presidente executivo da companhia, Tim Cook, à agências de notícias Reuters.
Algo que também animou o mercado foi a previsão da empresa de faturar entre US$ 85,5 bilhões e US$ 89,5 bilhões no próximo trimestre fiscal, entre outubro e dezembro de 2019. A temporada de festas de fim de ano costuma ser a mais forte para as vendas da empresa e a estimativa veio acima da expectativa do mercado.
Bruno Capelas - O Estado de S. Paulo