Segundo turno é uma nova eleição. Os resultados apurados pelo TSE no 1.º turno e o realinhamento das forças políticas em torno dos dois candidatos impactam na decisão do eleitor. As simulações de 2.º turno aplicadas no 1.º turno eram hipotéticas, mas agora uma delas se tornou realidade e o eleitor se posiciona frente a esse novo cenário. Em votos válidos, Jair Bolsonaro começa a campanha do segundo turno com 18 pontos de vantagem sobre Fernando Haddad (59% x 41%, respectivamente), o que corresponde a cerca de 19,3 milhões de eleitores, considerando-se o total de votos nominais no 1.º turno. Votos brancos e nulos ficaram no patamar de 2014: 9%.
Em votos totais, o candidato do PSL alcança 52% e o do PT fica com 37%, 9% continuam com intenção de votar em branco/nulo e 2% ainda não sabem em quem votarão. Se compararmos os votos totais com o que conseguiram no 1.º turno, cada um ganhou 10 pontos porcentuais dos demais candidatos.
Mais da metade dos eleitores que votaram em Ciro (58%) declara votar em Haddad, enquanto que 60% dos de Alckmin preferem Bolsonaro, assim como a maior parte dos eleitores dos demais candidatos. Como observado no 1.º turno, os dois também têm maior nível de rejeição. Importante observar que a forma de fazer a pergunta de rejeição no 2.º turno muda e não se pode fazer comparações. Por termos apenas duas candidaturas, perguntamos sobre o capital político com uma pergunta de potencial e rejeição de voto individual. Pouco mais de 10% declaram que não os conhecem o suficiente para dizer se votariam ou não neles.
CEO DO IBOPE INTELIGÊNCIA
O Estado de São Paulo