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O presidente dos EUA, Barack Obama, e a candidata Hillary Clinton acenam na Convenção Democrata
Os candidatos que tentarão a sorte em outubro deveriam parar tudo e assistir à performance de Barack Obama na convenção do Partido Democrata. De saída da Casa Branca, o presidente americano deu uma aula de retórica política ao pedir votos para Hillary Clinton.
Obama subiu ao palco ovacionado como um popstar. Antes de começar o discurso, distribuiu acenos, esbanjou sorrisos e esquentou a plateia com brincadeiras. O semblante bem-humorado combinava com a mensagem que ele queria passar. Depois de oito anos no poder, o presidente foi à Filadélfia com a missão de vender otimismo para eleger a sucessora.
"Estou ainda mais otimista sobre o futuro da América do que jamais estive", disse. Ele enumerou vitrines de sua administração, como a recuperação da economia e a reforma no sistema de saúde. Depois exaltou o "sonho americano" e retomou o mote da esperança, que embalou sua campanha vitoriosa em 2008.
Obama reconheceu que o partido está dividido e pediu aos admiradores do socialista Bernie Sanders que aceitem apoiar Hillary, próxima a banqueiros e grandes empresários. Ele admitiu que a aliada cometeu "erros", mas enalteceu sua qualificação para comandar o governo.
O presidente usou o carisma e o otimismo como armas contra o rival Donald Trump, que disputará sua cadeira pelo Partido Republicano. Ele descreveu o magnata como um político demagogo, que semeia medo e insegurança para colher votos.
Para atrair os republicanos que não gostam de Trump, Obama elogiou Ronald Reagan, o astro de cinema que chegou ao poder em 1981. Disse que o ex-presidente via os EUA como "uma cidade iluminada numa colina", enquanto o milionário vê o país como uma "cena de crime".
A menção a Reagan foi oportuna. Embora tenha deixado muitas promessas pelo caminho, Obama foi o melhor ator a passar pela Casa Branca desde o galã de "O Amor Está no Ar" e "Em Cada Coração um Pecado".
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