Paulo Whitaker/Reuters | |
Investidores olham painel de cotações na Bolsa brasileira |
DANIELLE BRANT - Folha de São Paulo
O investidor que quiser abrir mão do gestor e administrar suas aplicações por conta própria deve levar em consideração os custos e pesquisar bastante antes de decidir onde colocar o dinheiro (veja quadro acima). O primeiro passo é analisar seu perfil para saber qual a tolerância que tem a risco.
Se qualquer possibilidade de perda provoca um frio na espinha, o investidor deve evitar aplicações mais arriscadas, como ações, e optar por opções mais conservadoras, como o Tesouro Direto.
TESOURO
A primeira preocupação é com a escolha do papel. Há três tipos: prefixados (em que a taxa é definida na compra), pós-fixados que seguem a Selic e aqueles indexados à inflação (que pagam IPCA e um juro).
O investidor deve estudar o cenário econômico antes de escolher um título. Com inflação elevada, é recomendado manter parte do dinheiro em papéis que remunerem juros mais inflação. É uma forma de preservar o poder de compra.
O prazo do título público também importa. "Você tem que casar o vencimento do título com seu objetivo. Senão, pode ser obrigado a resgatar o papel antes e perder dinheiro se a taxa do título for menor que a vigente na venda", afirma o planejador financeiro Janser Rojo.
AÇÕES
O prazo é um dos principais fatores que devem ser considerados ao investir na Bolsa de valores. A aplicação deve ser pensada com foco no longo prazo, justamente para que o investidor consiga compensar eventuais perdas no percurso.
"Se o investidor precisa do dinheiro em três anos, ações não são recomendadas. Não é para deixar o dinheiro do carro e da casa própria", diz Ricardo Figueiredo, consultor do programa Vida Investe, da Funcesp, maior fundo de pensão de capital privado do país.
Escolher uma ação dá mais trabalho do que aplicar em um fundo de ações, em que a tarefa é feita por um gestor. Pode também ter mais custos do que pagar a taxa de administração do fundo -a corretagem é cobrada em cada compra ou venda.