Durante inauguração da linha 4 do metrô no Rio, presidente em exercício afirmou ainda que o Rio vai mostrar ao mundo que o Brasil é capaz 'internamente e internacionalmente'
Mais cara obra da Olimpíada e considerada o maior legado para a cidade, a linha 4 do metrô, que liga Ipanema, na zona sul, à Barra, na zona oeste, foi inaugurada na manhã deste sábado, 30, pelo presidente em exercício Michel Temer. Em discurso, disse que "o Brasil precisa de paz, e nada melhor para isso do que o esporte". Para o presidente, os Jogos Olímpicos "demonstrarão unidade do Brasil e nossa capacidade obreira".
Ao custo de R$ 9,7 bilhões, a obra do metrô foi a empreitada mais atrasada para os Jogos. As primeiras viagens com passageiros começarão amanhã, mas só para a "família olímpica" - usuários credenciados para os jogos. O trecho deveria estar pronto no início de 2016. Para evitar demora ainda maior na conclusão, a estação da Gávea, zona sul, ficou para 2018.
Temer destacou a parceria entre município, estado e União que viabilizou, segundo o presidente em exercício, obras importantes para a realização da Olimpíada, como a expansão do metrô. "A atuação conjunta e entusiasmada permitiu a Olimpíada. O Rio vai mostrar ao mundo que o Brasil é capaz, internamente e internacionalmente.", discursou.
O governador Luiz Fernando Pezão, afastado para tratamento de um câncer linfático, compareceu à inauguração e foi aplaudido de pé pelos convidados. Pezão fez questão de agradecer à presidente afastada Dilma Rousseff o empenho para viabilizar a Olimpíada no Rio, mas exaltou as qualidades de Temer na presidência.
"Quero agradecer à presidente Dilma. O último ato dela (antes de ser afastada pelo processo de impeachment) foi liberar recursos para esta obra. O seu primeiro ato também foi liberar recursos para o metrô. O senhor é a pessoa talhada para esse momento do País, esse momento de dificuldade que a gente vive", disse Pezão, dirigindo-se ao presidente em exercício.
O governador afastado fez referência ao socorro financeiro, autorizado por Temer, para o Estado do Rio, que incluiu recursos para a conclusão da obra do metrô. No discurso, Michel Temer lembrou quando, em 2009, era presidente da Câmara e acompanhou, em Copenhagen, o anúncio da vitória do Rio na disputa para sediar a Olimpíada.
"Foi uma alegria enorme. Logo após, a pergunta que nos fazíamos era 'será que a alegria vai durar?' Eu sentia certa preocupação com o futuro do Rio de Janeiro. Mas, tão logo verifiquei as obras, vi que elas serviriam não apenas para os atletas e torcedores, mas para ampliar o conforto da população do Rio de Janeiro. Com o metrô, em vez de duas horas, as pessoas levarão 20 ou 30 minutos para estar em casa, no convívio familiar", afirmou o presidente em exercício.