Blog Reinaldo Azevedo - Veja
Mais uma pesquisa desalentadora para os adversários do PSDB em São Paulo. Desta feita, os números são do Ibope, que ouviu 1.512 pessoas em 78 municípios, entre os dias 26 e 28 de julho. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), sob o protocolo Nº SP- 00013/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob protocolo Nº BR – 00272/2014. A margem de erro é de 3 pontos para mais e para menos. Se a eleição fosse hoje, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) seria reeleito com 50% dos votos. Paulo Skaf, do PMDB, aparece com 11%, e o petista Alexandre Padilha tem apenas 5%. Os demais candidatos somam 5%. Brancos e nulos são 15%, e 14% dizem não saber em quem votar.
Se Padilha amarga a rabeira entre os maiores, lidera a rejeição, com 19%. Alckmin tem 18%, e Skaf, 13%. O Ibope quis saber também como os paulistas avaliam o governo do Estado: para 40%, ele é “ótimo ou bom”; 38% o consideram “regular”, e só 19% acham que é “ruim ou péssimo”. Nada menos de 62% acreditam que Alckmin será reeleito. Só 2% dizem que será o petista.
Senado
O tucano José Serra também lidera a disputa por uma vaga ao Senado no Estado: aparece com 30% das intenções de voto, seguido por Eduardo Suplicy (PT), com 23%. Gilberto Kassab, do PSD, tem 5%.
Datafolha
Os números do Ibope, consideradas as margens de erro dos dois institutos, não diferem muito dos divulgados pelo Datafolha no dia 17 deste mês: nesse caso, Alckmin aparece com 54%; Skaf, com 16%, e Padilha, com 3%.
Já apontei aqui que, a meu juízo, Padilha e Skaf cometem um erro estratégico ao tentar jogar nas costas de Alckmin a crise hídrica. Pior: tratam o tema como se faltasse água em 100% das torneiras de São Paulo. Parece que o eleitorado rejeita esse expediente, até porque há coisas que afrontam a experiência: a esmagadora maioria das casas está sendo normalmente abastecida, e todos sabem que o Estado enfrenta a maior seca de sua história.
Insistir nessa questão, acho eu, cheira a oportunismo. Parece que os políticos exploram de modo oportunista as dificuldades reais ou potenciais dos cidadãos. Até porque o abastecimento de água não frequentou o debate eleitoral em São Paulo desde o restabelecimento das eleições diretas nos Estados, em 1982. Fazê-lo agora, quando não chove, tentando culpar o governo, não parece ser uma escolha inteligente. Mas não serei eu a tentar convencer o PT do contrário.