quinta-feira, 31 de julho de 2014

'Fundo abutre' diz que não aceitou oferta de bancos privados pela dívida argentina

Segundo Aurelius, não houve proposta 'digna de ser considerada seriamente'. Outro fundo credor segue em negociações

 



NOVA YORK - O Aurelius Capital Management, um dos fundos chamados de “abutres”, disse que não recebeu propostas viáveis do setor privado para vender seus títulos não reestruturados da dívida argentina. O acordo poderia retirar o país mais rapidamente do calote. O fracasso da negociação com os credores que não participaram da renegociação da dívida de 2001 — liderados pelo Aurelius e pelo Elliott Management — colocou a terceira maior economia da América Latina em calote pela segunda vez desde 2001.

“O Aurelius recebeu, em algumas ocasiões, aproximações de (bancos) privados, ou de supostos intermediários de (bancos) privados não identificados, em relação a uma possível compra de uma parte dos nossos títulos argentinos não reestruturados, grande parte do que temos lido na imprensa sobre essas abordagens tem sido, até onde sabemos, inexato, ou não confiável”, disse o fundo em nota. E complementou que o “Aurelius não recebeu proposta desse tipo que consideremos digna de ser considerada seriamente”.

Apesar da negativa do grupo, fontes ouvidas pelo jornal argentino “Clarín” afirmam que o Elliot Managment (controlador do NML) conduzia, em pleno coração de Manhattan, em sua sede entre a 5ª e a 6ª Avenida, negociações com bancos estrangeiros.

A especulação mantém viva a possibilidade de que um acordo entre banqueiros argentinos e os “abutres” ainda possa ser alcançado. Segundo o periódico, participam das conversas representantes do HSBC, Citibank e JPMorgan. Nenhum porta-voz das instituições confirmou as informações.