terça-feira, 6 de novembro de 2018

Livre de Lula e sua organização criminosa, lucro da Petrobras é de R$ 6,6 bilhões no 3º trimestre

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,644 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado foi 2.397% maior que os  R$ 266 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Nos primeiros nove meses, o ganho da estatal somou R$ 23,677 bilhões, um avanço de 371% ante o mesmo período de 2017. É o melhor resultado para o acumulado entre janeiro e setembro desde 2011.

Segundo a estatal, houve maiores margens nas vendas de derivados no Brasil e nas exportações, ambas impulsionadas pelo aumento do preço do petróleo e pela depreciação do real, além do aumento nas vendas de diesel com expansão de participação de mercado.

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava lucro trimestral na casa de R$ 11 bilhões. A Petrobras informou que o lucro no terceiro trimestre foi afetado pelo pagamento de R$ 3,5 bilhões às autoridades americanas para encerrar processos no Departamento de Justiça dos EUA e na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
"Excluindo-se esses acordos, bem como os efeitos do acordo da Class Action, o lucro líquido seria de R$ 10,269 bilhões no trimestre e R$ 28,012 bilhões no acumulado do ano", destacou a estatal em comunicado.  No terceiro trimestre do ano passado, o ganho foi afetado com os gastos feitos pela estatal com a adesão a programas de regularização de débitos federais.
Segundo a Petrobras, a queda no lucro também ocorreu devido à redução no volume total das vendas de derivados no mercado interno e nas exportações.  O total de vendas no mercado interno caiu 5% entre janeiro e setembro deste ano, para 2,3 milhões de barris por dia. Entre as exportações, a queda foi de 13%, para 834 mil barris diários. Assim, o total geral de vendas caiu 7% no ano.
O diretor financeiro da companhia, Rafael Grisolia, destacou alguns pontos que contribuiram para o resultado no terceiro trimestre como o aumento de 39% do preço do petróleo.
- O aumento dos preços do brent e a desvalorização do real se traduziram em maiores margens para a companhia, tendo se refletivo de forma pisitiva nos resultados da companhia, que  está com um  caixa de US$ 14 bilhões, além de linhas de crédito de US$ 5,9 bilhões que podem ser utilizadas se necessário. 

Produção caiu 6% no ano

No ano, a produção caiu 6%, para 2,028 milhões de barris por dia.  A produção de petróleo diminuiu devido, principalmente, aos  desinvestimentos realizados nos campos de Lapa e Roncador, e ao declínio natural da produção que foram parcialmente compensados pela entrada em produção do FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, no Campo de Tartaruga Verde, e da P-74, no Campo de Búzios, destacou a Petrobras.
A receita de vendas da empresa ficou em R$ 98,260 bilhões no terceiro trimestre, número maior que os R$ 71,822 bilhões do mesmo período do ano passado. Nos nove primeiros meses do ano, a receita somou R$ 257,116 bilhões, avanço de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. A geração de caixa no ano subiu de R$ 19,223 bilhões, no terceiro trimestre do ano passado, para R$ 29,856 bilhões, no terceiro trimestre deste ano. Com isso, no ano de 2018, a geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda, subiu 35%, para R$ 85,691 bilhões.
O aumento da receita foi puxado pelos preços mais elevados dos derivados, como diesel, gasolina e GLP, como reflexo da cotação do preço  do petróleo e da depreciação do real, embora tenha ocorrido queda no colume de vendas.    "Houve aumento da receita com exportações de petróleo e derivados (R$ 10,373 milhões), devido aos maiores preços, acompanhando a elevação das cotações internacionais e a depreciação do real frente ao dólar, e à maior exportação de gasolina, compensados em parte pela redução do volume de petróleo exportado devido à menor produção", explicou a estatal.
"O fluxo de caixa livre permaneceu positivo pelo décimo quarto trimestre consecutivo, atingindo R$ 37,481 bilhões nos nove meses de 2018, mesmo patamar do ano anterior, devido ao aumento da geração operacional, apesar dos pagamentos relacionados ao acordo da Class Action, e dos maiores investimentos", afirmou a Petrobras em nota.

Dívida líquida sobe 4%

Entre janeiro e setembro de 2018, o endividamento bruto recuou 2%, principalmente em decorrência da amortização de dívidas, para R$ 352,801 bilhões. Já o endividamento líquido subiu 4%, devido à depreciação do real frente ao dólar, chegando a R$ 291,834 bilhões. "O prazo médio de vencimento da dívida ficou em 9,05 anos( maior que os 8,62 anos em 31 de dezembro de 2017). A taxa média de financiamento aumentou de 6,1% em dezembro de 2017 para 6,2% em setembro de 2018", destacou a empresa.
Em dólar, a dívida bruta caiu 19%, passando de US$ 109,275 bilhões, no fim de 2017, para US$ 88,115 bilhões. Já a dívida líquida teve recuo de  14%, caindo de US$ 84,817 bilhões para US$ 72,888 bilhões.

Dividendos de R$ 1,3 bilhão

Com o lucro, a  Petrobras informa que seu Conselho de Administração, em reunião realizada ontem, aprovou a distribuição de remuneração antecipada aos acionistas sob a forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP). Será distribuído um valor de R$ 1,3 bilhão, correspondente a um valor bruto de
R$ 0,10 por ação, que será pago em 03 de dezembro de 2018 na proporção da participação de cada acionista.
Com a venda de ativos, a Petrobras já arrecadou US$ 5 bilhões neste ano, acumulando um total de US$ 7,5 bilhões no período de 2017/18, bem abaixo ainda da meta de atingir até o fim do ano US$ 21 bilhões.

Bruno Rosa e Ramona Ordoñez, O Globo