A expressão surgiu em artigo publicado em 2004 pelo almirante Carvalho no jornal "Folha de S. Paulo". Segundo sua argumentação, a faixa litorânea teria importância estratégica porque, através dela, passam 95% do comércio exterior brasileiro e quase 90% da produção de petróleo do país. Além disso, 80% da população brasileira vive a no máximo 200 quilômetros de distância do litoral.
Em seu artigo, o almirante argumentou que a Amazônia Azul depende da disponibilidade de recursos da Marinha, cuja missão seria proteger seu patrimônio.
"Na 'Amazônia azul' (...) os limites das nossas águas jurisdicionais são linhas sobre o mar. Elas não existem fisicamente. O que as define é a existência de navios patrulhando-as ou realizando ações de presença. Para tal, a Marinha tem que ter meios, e há que se ter em mente que, como dizia Rui Barbosa, esquadras não se improvisam."
Em entrevista à revista “Brasil Nuclear”, Bento afirmou que o submarino com propulsão nuclear será importante para “proteger a Amazônia Azul” .
Desde 2015 a Marinha possui o projeto-piloto do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, que prevê a ampliação da vigilância em toda a área marítima do país, com satélites, sensores e radares, para combater crimes ambientais e tráfico de drogas.
Antes disso, em 2013, o governo já havia criado a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), estatal de submarinos nuclear e convencional. Além do desenvolvimento da tecnologia do submarino nuclear, a Amazul participa do reator multipropósito brasileiro (RMB), voltado para pesquisas e para a produção de fármacos (especialmente para tratamento de câncer e para exames de tomografia nuclear) e de outros empreendimentos do Programa Nuclear Brasileiro.
O Globo