
No dia 1º de maio de 2005, Messi marcava, contra o Albacete, o primeiro gol de sua carreira profissional. Neste domingo, no jogo que colocou o Barcelona muito próximo do título espanhol, o Atlético de Madrid sofreu o gol número 600 do argentino em jogos oficiais.
Messi tem 30 anos, é impossível dizer por quantas temporadas ainda jogará e por quanto tempo o fará em alto nível. A marca, que já é impressionante, deverá atingir números ainda mais expressivos.
Messi tem 30 anos, é impossível dizer por quantas temporadas ainda jogará e por quanto tempo o fará em alto nível. A marca, que já é impressionante, deverá atingir números ainda mais expressivos.
Para que se tenha uma noção, Pelé jogou profissionalmente, com a camisa do Santos, até poucos dias antes de completar 34 anos de idade. Em seguida, pouco antes de fazer 37, encerrou sua passagem pelo Cosmos, de Nova York, onde o número de jogos oficiais por ano era inferior. O fato é que, segundo levantamento recente da revista argentina “El Gráfico”, Pelé totalizou 757 gols em 812 jogos oficiais. Uma média de 0,93 gol por partida.
Messi anotou seus 600 gols em 747 jogos, ou seja, marca 0,8 gol por jogo. Se mantiver o ritmo, não baterá Pelé em termos de média de gols. No entanto, é muito possível que ultrapasse o brasileiro no número total de gols em partidas oficiais. Desde 2009, Messi mantém uma média de 52 gols por ano — 468 em nove anos. Caso mantenha o número, precisará de menos de três anos em alto nível para superar Pelé. Mesmo que Messi jamais volte a ultrapassar, a partir de agora, a sua pior marca anual neste período — os 38 gols de 2009 —, teria condições de superar o Atleta do Século em pouco mais de quatro anos.
O número total de gols, no entanto, coloca Pelé muito à frente de Messi. Segundo a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS), o Rei do Futebol fez 1.281 na carreira. Uma das explicações é o grande número de amistosos que Pelé disputava com o Santos e com a seleção brasileira nos anos 50 e 60.
Desde 2009, primeiro ano em que foi titular do Barcelona de janeiro a dezembro, Messi colecionou atuações e marcas assombrosas. E em termos de números, 2012 foi seu ano mais espetacular. Marcou 72 gols pelo Barcelona e 12 pela seleção argentina, atingindo a marca de 91 gols, um recorde mundial. Em 2018, tenta emplacar o quinto ano seguido marcando mais de 50 gols. Dos 600 gols de Messi, 539 foram feitos com a camisa do Barcelona e 61 pela Argentina.
Um levantamento de seus gols comprova a face mais impressionante do argentino: o ecleticismo. Sua capacidade de finalização de todas as formas, com a bola em movimento ou parada, de longe ou de perto. Ele fez 93 gols em chutes de fora da área, 124 gols em lances originados de bola parada e 476 em jogadas trabalhadas com a bola em movimento.
Messi marcou, ainda, 77 vezes de pênalti. Ontem, o gol sobre o Atlético de Madrid foi o 39º gol de falta de sua carreira. Apesar de canhoto, fez 79 gols de pé direito.
Messi marcou, ainda, 77 vezes de pênalti. Ontem, o gol sobre o Atlético de Madrid foi o 39º gol de falta de sua carreira. Apesar de canhoto, fez 79 gols de pé direito.
Vitória com a marca do craque

O Camp Nou viu Messi marcar o gol que o aproxima de mais um título pelo Barcelona. A vitória por 1 a 0 sobre o Atlético de Madrid fez o time catalão voltar a abrir oito pontos na liderança do Campeonato Espanhol, a onze rodadas do final.
Um jogo dividido em duas partes, que teve em Messi a peça de desequilíbrio e Iniesta como fiel da balança. No primeiro tempo, a partida confirmou a expectativa de um duelo de filosofias de futebol: de um lado, o Barcelona fiel à tradição de seu jogo de posse de bola, iniciativa e tentativa de construção de jogadas contra um Atlético que era fiel ao ideário de Simeone, marcando perto de seu gol com enorme disciplina, à espera do contragolpe.
Mais sólido do que nos últimos anos, o time de Ernesto Valverde concedia poucos contra-ataques. Mas a fluência da troca de passes não tem o encanto de outros tempos. Mesmo assim, o domínio do Barcelona foi total, com Iniesta e Busquets dominando o meio-campo. Mas o bloqueio do Atlético só foi furado com o gol de falta de Messi. Ali, não havia marcação que desse jeito.
No segundo tempo, já sem Iniesta, que saiu lesionado, o Barcelona perdeu a retenção de bola. Simeone foi colocando atacantes no time e o Atlético passou a ocupar o campo rival. Os catalães é que buscavam contra-atacar. Mas o time de Madrid criou poucas situações de real perigo.