Marcello Corrêa, O Globo
A taxa de desemprego brasileira ficou em 12,6% no trimestre encerrado em fevereiro, informou o IBGE nesta quinta-feira. Em janeiro, a taxa oficial havia ficado em 12,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Mensal.
Analistas do mercado financeiro previam que o desemprego ficasse em 12,6%, segundo pesquisa da Bloomberg. As projeções variavam de 12% a 12,7%.
Os dados do IBGE são divulgados uma semana após o balanço mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostrar que o país abriu 61 mil vagas com carteira assinada em fevereiro. O número está em linha com o comportamento histórico do mês, que costuma ser de geração de postos.
RECUO NA TAXA DE DESEMPREGO
A taxa de fevereiro é menor que a registrada em igual período do ano passado, quando havia ficado em 13,2%. Mas é maior que a registrada em novembro, último trimestre estatisticamente comparável, quando o indicador estava em 12%. O IBGE recomenda esse tipo de comparação porque, apesar de se tratar de uma pesquisa mensal, parte dos dados de fevereiro já estavam na pesquisa de janeiro.
De acordo com os dados do IBGE, o país tinha 13,1 milhões de desempregados em fevereiro. O número é menor que o registrado em igual mês do ano passado, quando 13,5 milhões de pessoas estavam em busca de trabalho, mas é maior do que o estimado no trimestre fechado em novembro, quando o contingente estava em 12,6 milhões.
Enquanto isso, a população ocupada - ou seja, aqueles que tinham qualquer tipo de trabalho -, recuou nos dois tipos de comparação, para 91,1 milhões de pessoas. Em relação ao trimestre fechado em novembro, o contingente de trabalhadores diminuiu 0,9%, o equivalente a 858 mil pessoas a menos com alguma ocupação. Já em relação ao ano passado, o tombo foi mais forte, de 2%, ou 1,7 milhões de trabalhadores a menos.
