A mobilização dos vice-presidentes do Flamengo, sob a liberança de Ricardo Lomba, vice de futebol, para que houvesse mudanças radicas após a eliminação para o Botafogo, não foi bem digerida pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, que já contra-atacou.
O mandatário acatou os pedidos de saída do técnico Carpegiani e do diretor Rodrigo Caetano, mas durante a condução das saídas e nas decisões sobre os substitutos tirou Lomba do circuito. Bandeira e o diretor-geral Fred Luz conduzem o procesos sem consultar o vice.
A ausência de Lomba no vestiário após a eliminação do Estadual, nas reuniões que definiram as demissões, e no treino desta sexta-feira, em que Bandeira e Luz estiveram presentes, não é coincidência. Lomba também está fora dos debates sobre escolha do novo treinador e do novo diretor.
A definição de Carlos Noval, coordenador da base, para ocupar o lugar de Rodrigo Caetano, também não partiu nem foi participada ao vice de futebol. Embora o acordo esteja selado com o funcionário.
No regime presidencialista do Flamengo, Bandeira é quem tem o poder de tomar as decisões e assinar por elas. Lomba chegou a cogitar sair se as mudanças não acontecessem depois do jogo da última quarta-feira. No entanto, com o decorrer das demissões, todos se calaram.
Procurado, o vice de futebol não comentou a situação. O presidente Eduardo Bandeira de Mello não foi encontrado para falar sobre a postura em relação a Lomba. A assessoria do clube informou mais cedo que a diretoria só falaria quando fosse finalizada a contratação dos novos funcionários para o futebol.