Bruno Rosa e Ramona Ordoñez, O Globo
Um dos destaques da 15ª rodada de petróleo foi a alemã Wintershall que arrematou sete blocos nas bacias de Santos, Campos, Potiguar e Ceará. A companhia, que já atuou no Brasil de 2000 a 2005, já estava estudando sua volta por aqui desde 2013. A empresa — com sede na área central da Alemanha — tem uma produção global de cerca de 500 mil barris por dia em países como Argentina, Alemanha, Noruega, Holanda, Rússia, Líbia e Abu Dhabi. Ela vai investir cerca de US$ 10 milhões nessa primeira fase de exploração com a atividade de sísmica.
As expectativas são bastante positivas. Por isso, estamos de volta. Com o estudo que já fizemos no Brasil nos últimos anos, chegamos aqui bem preparados. No Brasil, já estivemos em Campos, Santos e Espírito Santo, onde perfuramos alguns poços — disse Gerhard Haase, diretor da companhia alemã no Brasil.
A estratégia é construir e manter um portfólio bem balanceado no Brasil, afirma o executivo. Embora Haase não tenha revelado seus planos para a 4ª rodada do pré-sal em junho, ele destacou que há possibilidades de crescer com aquisições por meio de operações chamadas de "farm in".
— Nosso objetivo é o longo prazo. Queremos aumentar nossas atividades em mar. Estamos bem preparados para fazer esses investimentos no futuro. Por enquanto, não vou falar sobre as expectativas em participar da 4ª rodada do pré-sal. Agora, somos sócios em campos do pré-sal com Exxon e Repsol, além de áreas de Potiguar e Ceará — afirmou ele.