quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

J.R. Guzzo: Paulo Guedes tinha razão

Dados oficiais do Banco Mundial mostram que o Brasil cresceu mais que a China, pela primeira vez em 42 anos



Sob a condução de Guedes, o Brasil cresceu mais que a China | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Sob a condução de Guedes, o Brasil cresceu mais que a China | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Saíram, afinal, os dados oficiais do Banco Mundial para o desempenho da economia em 2022 e lá está: o Brasil cresceu mais que a China, pela primeira vez em 42 anos.

O ex-ministro Paulo Guedes já havia dito exatamente isso, em suas estimativas sobre a performance da economia brasileira no ano passado; foi sepultado por uma avalanche de reações indignadas por parte dos economistas de esquerda, analistas de grandes bancos e mais do mesmo, todos convencidos de que o Brasil não iria crescer nada, ou algo assim. 

Não só erraram na previsão; previram o contrário do que aconteceu. É 

claro que nenhum deles fará qualquer esforço sério para entender o que houve, e isso garante que a qualidade das suas análises continuará a mesma de sempre. Fazer o quê? 

O mundo das previsões econômicas é assim mesmo. 

A vida continua.

Vale a pena registrar, em todo caso, que os números do Banco Mundial colocam mais um prego no caixão em que está enterrada a eterna desculpa de Lula quando assume a Presidência da República — a de que recebeu uma “herança maldita” do seu antecessor. 

Em todas as vezes que disse isso, a realidade dos fatos era precisamente a oposta. 

Na verdade, Lula recebeu um país muito bem arrumado do ponto de vista econômico, levando-se em conta as circunstâncias mundiais e o efeito devastador que dois anos de covid e de “fique em casa” tiveram no sistema de produção do Brasil. 

A inflação, abaixo de 6% ao ano, é menor que a da Europa e dos Estados Unidos. A taxa de desemprego, em 2022, recuou para cerca de 8% — o melhor índice desde 2014. 

As reservas internacionais estão acima de US$ 320 bilhões. 

As exportações bateram mais um recorde. 

Os índices de miséria, segundo o mesmo Banco Mundial, são os menores em vinte anos. As empresas estatais, que segundo Lula estão “destruídas”, lucraram mais de R$ 250 bilhões no ano passado. 

(Quem levou a Petrobras à beira da falência foram os governos de Lula e Dilma.) 

Vem, agora, a confirmação do crescimento econômico — 3,1% em 2022, um dos mais altos do mundo num momento ruim para todos.

“Herança maldita”? 

Onde?

Herança maldita, na vida real, foi a que os governos do PT deixaram para Michel Temer em 2016 — uma economia em ruínas, com a maior recessão que este país já teve em sua história. 

Temer, denunciado como “golpista” por Lula, simplesmente reconstruiu o Brasil destruído por Lula e Dilma; fez o  contrário, precisamente, do que é acusado de ter feito.

Os números reais, de qualquer maneira, não vão desaparecer só porque Lula inventa uma situação que não existe. 

Ficarão aí para sempre — e logo mais, queira ele ou não queira, começarão a ser comparados com os números do seu governo. 

A população brasileira terá, então, a oportunidade de ver com os seus próprios olhos o que o novo presidente tem a apresentar no mundo das realidades.

Texto publicado originalmente bno O Estado de S. Paulo 

Revista Oeste