Flávio Dino, Janja, Randolfe Rodrigues, Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias celebrando o Carnaval | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução
Pode inundar São Paulo inteiro que as lideranças do PT estarão alegres e saltitantes, fazendo o L de tanto se lambuzar com os recursos públicos
OCarnaval terminou. Mas não a hipocrisia do PT e da nossa velha imprensa. Esta tende mesmo ao infinito, com seu duplo padrão escancarado. Enquanto os paulistas afundavam na lama das intensas chuvas que castigaram o Estado, a turma do PT caía no samba. Janja, que acompanha seu marido, Lula, em quase tudo que é evento, nem sequer largou o Carnaval da Bahia para visitar os locais da tragédia. Flávio Dino, depois de se “fantasiar” de guerrilheiro comunista, pulou numa resistente marquise fazendo o L, sem constrangimento algum com o caos paulista. O senador Randolfe Rodrigues idem, apareceu saltitante e sorridente.
Então quer dizer que as pessoas não podem se divertir durante uma catástrofe? Claro que não. Sendo o Carnaval uma festa de fuga da dura realidade que enfrentamos todos os dias, uma válvula de escape para as agruras da vida, um convite hedonista para glorificar a carne e o prazer, claro que todos têm o direito de desligar um pouco suas preocupações e pular o Carnaval. Mas o que chama a atenção é o critério seletivo da própria esquerda e da imprensa, hoje sinônimos. Ah, se fossem os bolsonaristas…
Enquanto a tragédia das chuvas no estado de SP deixou ao menos 44 mortos, 1700 desalojados, 800 desabrigados e 49 desaparecidos, a primeira-dama do atual presidente curte o carnaval como se nada tivesse acontecido. Quando não temos um presidente, também não temos primeira-dama. pic.twitter.com/DHtlRTKc9q
— Carlos Jordy (@carlosjordy) February 21, 2023
Não precisamos especular. Vimos como os petistas e os jornalistas trataram Bolsonaro durante enchentes ou mesmo a pandemia. Se o presidente fosse visto num jet ski ou dando algum sorriso, isso era sinal de que ele não passa de um psicopata, um genocida, um insensível que não dá a mínima para os outros. Por que não podemos usar a mesma régua agora, com Lula no poder? O que mudou? Pau que bate em Francisco também não dá em Chico?
A esquerda precisa se vender como a única força política preocupada com as minorias e os mais pobres, sem ter de debater os instrumentos para efetivamente melhorar suas vidas, trazer prosperidade às classes mais baixas
No começo do desastre paulista, o governo Lula autorizou somente R$ 2 milhões para auxílio. O governo Bolsonaro chegou a mandar R$ 700 milhões para ajudar as regiões afetadas pelas enchentes durante sua gestão. Se fosse o contrário, isso seria utilizado pela mídia como “prova” da sensibilidade social de um e da falta de empatia do outro. Mas como nosso “jornalismo” faz de tudo para proteger Lula e demonizar Bolsonaro, a gritante diferença passou despercebida. Novamente, o duplo padrão é gritante demais para ser ignorado.
A “consciência social” da esquerda sempre foi um slogan, uma jogada de marketing, uma estratégia fria e calculista de conquista de votos para seu único projeto real, o poder. Ficar pregando caridade com o chapéu alheio é fácil; difícil é criar mecanismos de incentivos que realmente melhorem a vida dos mais pobres. Estes estão aguardando até agora as tais picanhas prometidas por Lula na campanha. É pura demagogia!
Sem o monopólio das virtudes a esquerda não consegue avançar. Ela precisa se vender como a única força política preocupada com as minorias e os mais pobres, sem ter de debater os instrumentos para efetivamente melhorar suas vidas, trazer prosperidade às classes mais baixas. Na prática, o esquerdismo costuma produzir apenas mais miséria, mostra-se incapaz de entregar os resultados prometidos. Mas os esquerdistas enriquecem no processo, normalmente por meio de muita corrupção.
Quando Lula foi declarado vitorioso no pleito questionado por muito eleitor, houve festa nas favelas. Mas não do povo, e sim daqueles que comandam esses territórios paralelos, os traficantes que receberam o candidato petista sem necessidade de qualquer escolta policial. Os presídios também comemoraram. E os artistas de olho nos milhões da Lei Rouanet, claro. A folia dessa turma pendurada em esquemas estatais ou dependente da leniência com o crime foi inversamente proporcional ao desespero do brasileiro médio trabalhador e honesto, ciente de que terá de pagar essa fatura e conviver com maiores taxas de criminalidade.
O clima no Brasil trabalhador é de apreensão, de ressaca, de medo. Os patriotas sabem que a turma de Dirceu está de volta para conquistar e não mais largar todo o poder, inspirados nos projetos totalitários do Foro de SP e mirando nos exemplos de seus companheiros da Venezuela. Os alienados acham que isso tudo é teoria da conspiração, pois se recusam a admitir qual a essência do petismo. Não vai ser nada fácil derrotar essa gente. E eles contam com o velho “pão e circo” para distrair os adversários e suas vítimas.
Teremos anos de muita ressaca à frente para o povo brasileiro. Já os petistas não enxergam razão para qualquer tristeza. Pode inundar São Paulo inteiro, o Estado pode ficar imerso na lama, que as lideranças petistas estarão alegres e saltitantes, fazendo o L de tanto se lambuzar com os recursos públicos. Quem ousar reclamar vai ouvir apenas um “perdeu, mané”. A folia não pode parar…
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Revista Oeste