Quadrilheiro de Lula, Marinho classificou o serviço como ‘trabalho escravo’
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticou as empresas de aplicativo que prestam serviços de delivery. Em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, publicada na quarta-feira 25, ele afirmou que o trabalho informal serve apenas para “explorar o trabalhador”. Marinho defende a regulamentação dos aplicativos.
De acordo com o ministro de Lula, é preciso fiscalizar e investigar para fazer as empresas cumprirem a legislação vigente. “Estão desmontando totalmente a proteção ao trabalho”, disse.
“Tem muito trabalho escravo no Brasil que a sociedade está tolerando”, observou o ministro, que citou o Uber como exemplo de suposta exploração de mão de obra. Segundo ele, há prestadores de serviço que trabalham 16 horas por dia. “Isso é trabalho escravo para mim.”
De acordo com Marinho, o ministério vai instituir um processo de negociação com as empresas. “Vamos estabelecer padrão de remuneração, de proteção social”, garantiu. “Um trabalhador de aplicativos, um caminhoneiro, um mototaxista, motoboy não tem nenhuma segurança. É preciso que seja regulamentado.”
O ministro ainda prometeu “enquadrar” as empresas que não se adequarem à realidade. De acordo com ministro, países da Europa estão discutindo o tema. “Lá também estão debatendo para enquadrar esse povo”, disse. “As empresas ameaçaram sair fora da Espanha por isso. Durou 48 horas a rebeldia. Ficaram dois dias fora e voltaram. Vão ser enquadrados.”
Uber rebate declarações de ministro
Em nota, a Uber afirmou que existe ferramentas de segurança para limitar o tempo on-line de motoristas dirigindo. “A ferramenta fornece notificações ao motorista quando ele se aproxima do limite de 12 horas on-line conduzindo o veículo em um único dia”, rebateu. “Atingido esse limite, ele será automaticamente desconectado e não poderá utilizar o aplicativo pelas seis horas seguintes.”
Revista Oeste