sábado, 1 de agosto de 2020

André Brandão é escolhido para presidir o Banco do Brasil

O executivo André Brandão, do HSBC, foi escolhido pelo governo para presidir o Banco do Brasil no lugar de Rubem Novaes, que anunciou a saída do comando da instituição no dia 24 de julho. O nome foi informalmente comunicado a dirigentes do banco pelo Palácio do Planalto. A confirmação de Brandão à frente da instituição, porém, ainda depende de um rito que deve levar em torno de uma semana. O estatuto social estabelece que o chefe do Banco do Brasil é nomeado pelo presidente da República —portanto, cabe a Jair Bolsonaro oficializar a escolha. O Palácio do Planalto precisa comunicar oficialmente ao BB a escolha do nome. Na sequência o banco submete o nome ao comitê de exigibilidade. O ministro Paulo Guedes (Economia) queria mesmo alguém de mercado, com perfil parecido ao do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto —e o nome de André Brandão se encaixaria neste perfil. Novaes deixou o banco afirmando que "a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário". Auxiliares de Guedes afirmam que Novaes, que tem 74 anos, demonstrava cansaço e teria feito o pedido para ficar perto da família no Rio de Janeiro. Muito próximo a Novaes, o ministro da Economia ficou sabendo da decisão há cerca de um mês. Novaes deve seguir com ligação ao governo, não mais no Banco do Brasil. Provavelmente ele ocupará função de assessor especial do Ministério da Economia. Novaes desempanharia a função no Rio de Janeiro. Julio Wiziack e Alexa Salomão, Folha de São Paulo