quarta-feira, 24 de julho de 2019

Nêumanne: Quem mandou hackear Moro?

PF deu primeiro passo importante 

ao desvendar a invasão do celular 

de Moro, mas, com o caso em 

segredo de Justiça, ainda terá que

descobrir por que alguém mandou 

cometer esse crime




Em 2014, oNew York Times disse ser  Greenwald um dos jornalistas mais conectados da Terra, que vive e trabalha num país com uma infraestrutura de Internet notoriamente esquisita. Foto: Jimmy Chalk/The New York Times


Quatro suspeitos de terem executado a invasão dos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e outros agentes da lei, foram presos pela PF na Operação Spoofing (Falsificação, em inglês), foram presos. 

Por enquanto, não se conhecem mais detalhes, pois o caso está sob segredo de Justiça, não sendo possível ainda saber se tem conexão com a revelação em conta-gotas de supostas mensagens trocadas entre o ex-juiz e o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de outros responsáveis por ações na Justiça de combate à corrujpção, empreendida pelo blogueiro americano Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, em parceria com Folha de S.Paulo, Veja e BandNews. 

Há coincidência de personagens, do aplicativo pelo qual eles teriam se comunicado, Telegram, mas, por enquanto, só se sabe que os federais desvendaram apenas a clonagem, mas ainda  não identificaram nem investigam eventuais mandantes. 

Seja como for, é o primeiro gol a ser comemorado pelo Estado brasileiro ao desvendar o crime contra a privacidade de pessoas e o trabalho de agentes do Estado cumprindo seu dever por delegação do povo.


O Estado de São Paulo