A jornalista Eliane Cantanhêde afirmou que a Polícia Federal e Ministério Público “estão se aproximando do PT”, no caso que envolve os hackers e o roubo de mensagens privadas de integrantes do governo e do Ministério Público.
“Moro, PF, MP e governistas descarregam as baterias em Glenn Greenwald, que divulga os diálogos no site The Intercept Brasil, mas miram mesmo é nos responsáveis políticos e estão se aproximando do PT, principalmente com a revelação de que Manuela D’ Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT) em 2018, foi a intermediária entre hackers e Greenwald”, diz ela.
Nesta última quarta-feira (24), o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília, que autorizou a prisão dos hackers que teriam invadido celulares de membros da Lava Jato, emitiu uma decisão que detalha um relatório da PF que demonstra movimentações “suspeitas” nas contas bancárias dos hackers que estão detidos.
De acordo com a decisão, dois investigados movimentaram, juntos, mais de R$ 627 mil entre março e junho deste ano.
Além disso, no cadastro mensal deles constava uma renda mensal de R$ 2,8 mil e R$ 2,1 mil, respectivamente, o que demonstra total incompatibilidade dos valores movimentados com a renda auferida pelos criminosos.
“Diante da incompatibilidade entre as movimentações financeiras e a renda mensal, faz-se necessário realizar o rastreamento dos recursos recebidos ou movimentos pelos investigados e de averiguar eventuais patrocinadores das invasões ilegais dos dispositivos informáticos”, disse o magistrado na decisão.
Bitcoins
O juiz Vallisney ainda determinou que três empresas que operam bitcoins informem se os quatro suspeitos de invadir o celular de Sergio Moro têm carteiras de investimentos, informa Renan Ramano.
Serão notificadas a Foxbit, a Brasiliex e o Mercado Bitcoin, para repassar à Polícia Federal e ao Ministério Público o saldo e possíveis movimentações financeiras de compra e venda de criptomoedas desde 1º de janeiro de 2018 até hoje.
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