Durante as manifestações contra o governo de Nicolás Maduro convocadas pelo opositor Juan Guaidó nesta terça-feira, 30, blindados da Guarda Nacional da Venezuela avançaram contra a multidão em Altamira, Caracas.
As forças leais ao regime de Maduro reprimem os protestos convocados por Guaidó na região próxima à base de La Carlota.
Por volta das 5 horas no horário local (6 horas em Brasília), o autoproclamado presidente interino publicou um vídeo em suas redes sociais desde a base, no qual afirmou que militares de alta patente passaram a apoiar seu governo.
Guaidó convocou seus apoiadores a saírem nas ruas para lutar contra o regime de Maduro. Ao mesmo tempo, líderes chavistas também pedem que os cidadãos se manifestem em frente ao Palácio de Miraflores para apoiar o ditador.
Militares favoráveis a Maduro reprimem os protestos a favor da oposição com bombas de gás lacrimogêneo e usando blindados.
Imagens exibidas pela televisão venezuelana mostram o momento em que um veículo da Guarda Nacional da Venezuela avança sobre e atropela manifestantes que estavam jogando pedras e atingindo veículos com pedaços de madeira.
Censura
Nesta terça, o regime de Nicolás Maduro também censurou e interrompeu transmissões de emissoras de rádio e TV a cabo que cobriam as manifestações, de acordo com relatos nas redes sociais.
Segundo o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP), por volta das 11h do horário local (12h), representantes da Comissão Nacional de Telecomunicações invadiram a sede da RCR (Radio Caracas Radio, em espanhol) e ordenou o fim das transmissões.
Há relatos de que canais de TV a cabo, como a versão em espanhol da CNN, também estão fora do ar em alguns locais.
Além disso, os serviços de internet no país estão instáveis. Nas redes sociais, venezuelanos acusam o governo de censura.
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