Ministro da Educação do governo Dilma, Fernando Haddad, entre tantas outras derrapagens, editou livros escolares que celebravam a cretinice e conseguiu promover um exame do Enem só depois de dois fiascos retumbantes. Em maio de 2011, irritado com as críticas a uma dessas obras segundo as quais o errado está certo, fez uma assombrosa comparação entre Hitler e Stálin:
“Há uma diferença entre o Hitler e o Stálin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los. Essa é a grande diferença”. Passados sete anos, o palavrório do provável candidato do PT à Presidência confirma que o poste fabricado por Lula continua afetado por severas avarias.
Nesta semana, Haddad afirmou que o governo Lula “foi o mais responsável de todos os governos da história” e debitou a situação falimentar do Brasil na conta de Michel Temer (o vice em quem votou duas vezes). Varado de luz como um santo de vitral, na imagem perfeita de Nelson Rodrigues, garantiu que só o ex-presidente presidiário salvará o país que reduziu a escombros com a ajuda de Dilma. Também informou que o Centrão é “o que tem de mais fisiológico no país”.
Haddad disse isso com a mesma expressão aparvalhada exibida naquela foto que o mostra mendigando o apoio de Paulo Maluf para eleger-se prefeito de São Paulo. Até Haddad desconfia que, embora seja tudo o que dele se diz, o Centrão jamais conseguirá ser mais abjeto do que a seita que tem em Lula seu único deus.
Fernando Haddad é uma Dilma Rousseff que não diz coisa com coisa com palavras mais pedantes. E, também como Dilma, mente com mais frequência do que respira.
Com Blog do Augusto Nunes, Veja