A senadora Ana Amélia (PP-RS), um dos nomes ventilados por partidos do Centrão e integrantes do PSDB para ocupar o posto de vice na chapa do ex-governador Geraldo Alckmin à Presidência da República nas eleições 2018, afirmou nesta segunda-feira, 30, que não gostaria de dar "um passo maior que a perna" e que deve mesmo trabalhar pela sua reeleição no Senado.
"Não posso negar que a citação do meu nome, senadora de primeiro mandato, é de extraordinária relevância para mim, pessoalmente. Agora, eu digo sempre que, na minha terra, Lagoa Vermelha (RS), a gente, desde pequeno, aprende que nunca se pode dar o passo maior que o tamanho a perna", disse a parlamentar gaúcha ao Estadão/Broadcast.
"O desafio da Vice-Presidência é muito grande e eu conheço as minhas limitações, sei o que posso fazer e o que talvez tenha dificuldade, dada a relevância que tem (o cargo). Reconheço, humildemente, as minhas limitações e não quero ir além daquilo que posso fazer melhor, que é como senadora."
Ana Amélia, que visita nesta segunda-feira Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, afirmou ainda que não recusou convite nenhum para ser candidata a vice-presidente do tucano pelo simples fato de que "não houve convite, sondagem ou consulta", nem de Alckmin nem do PP. "Meu perfil não é um que se ajuste à vontade do partido. Sou uma pessoa independente, não estou alinhada com Ciro (Nogueira, presidente do PP), não fui do governo Dilma nem do de Michel Temer. Essa independência, às vezes, não convém para a cúpula do partido", salientou.
A senadora ainda disse entender que o presidenciável tucano deveria procurar algum vice que venha do nordeste. "Acredito que Alckmin precise de alguém da região porque é uma área com grande massa de eleitores. Seria extremamente positivo para a campanha dele."
Marcelo Osakabe, O Estado de S.Paulo