O Frank Bar não é Frank à toa. Vale recordar: em 1981, Frank Sinatra se apresentava pela última vez no Brasil. O local escolhido foi a antiga casa de jazz 150 Night Club, no tradicional Maksoud Plaza, na Bela Vista.
E eis que, mais de três décadas depois, em 2015, o bar homônimo abriu as portas no mesmo hotel. De coincidência com a estrela americana ficaram o nome, a vocação para o jazz –executado ali ao vivo de quinta a sábado– e, é claro, a paixão por destilados.
A casa reavivou na cidade o gosto pela coquetelaria. Tornou a ida a um bar de hotel mais leve. Afinal, para provar as criações do premiado Spencer Jr., pouco importa atravessar a porta giratória do Maksoud.
Posto isso, o Frank reuniu um público diferente da elite que frequentava o antigo 150 Night Club. Recebe bem engravatados e gringos, mas também o casal que saiu para dar um passeio e foi, despretensiosamente, terminar a noite bebericando um Pure Love (gim, destilado japonês shochu, limões taiti e galego e coalhada de framboesa).
E não precisa ser expert para aprovar a carta. Ainda que conhecimento ajude, sobretudo na hora de identificar os coquetéis exclusivos e as releituras de clássicos (o Maverick Negroni, por exemplo, leva bitter de chocolate e óleo de castanha-do-pará), não há com o que se preocupar.
Primeiro porque é só pedir uma ajuda aos garçons que eles, gentilmente, vão se debruçar sobre a mesa e contar detalhes dos drinques. Ou encorajar caso você só queria, mesmo, tomar um bom e velho bloody mary.
E segundo porque, onde Spencer mete a colher –ou o gelo, ou a bailarina–, sai coisa boa na certa.
Por Mariana Agunzi, Folha de São Paulo
Frank Bar
R. São Carlos do Pinhal, 424, Bela Vista, tel. 3145-8000
R. São Carlos do Pinhal, 424, Bela Vista, tel. 3145-8000
