É verdade que ao PT sempre poderá restar a companhia do Partido Comunista do Brasil (PC do B), seu aliado mais antigo. Mas mesmo ele precisa eleger uma bancada razoável de deputados federais para continuar existindo, e por isso lançou Manuella d’Ávilla como candidata a presidente.
O que não cola para explicar a solidão do PT é a desculpa oferecida ontem pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, coordenador do programa de governo do partido à eleição presidencial. Ele disse que declarações de Ciro Gomes (PDT) dificultam a união dos partidos de esquerda.
Lorota. A união não se deu nem se dará porque Lula teima em ser candidato sem poder ser. E o PT é refém de sua vontade. Como imaginar que outros partidos poderiam se sentir atraídos por uma candidatura inexistente? Quem sucederá Lula como candidato? A 69 dias da eleição, nem mesmo o PT sabe.
Será um feito extraordinário se der certo a jogada esperta do PT de manter Lula como um candidato de mentirinha até a última hora, com a certeza de que mais forte ele ficará para repassar seus votos a quem queira. Mas, e se a jogada der errada? Com que tamanho o PT sairá nas urnas? Certamente sairá bem menor.
Para Lula, isso não fará grande diferença. Para o bem ou para o mal, seu lugar na história do país já está assegurado.
Com Blog do Noblat, Veja