Alan Marques-3.out.14/Folhapress | |
Urna eletrônica; abstenção foi menor em cidades que tiveram recadastramento
A abstenção de eleitores em cidades que completaram o recadastramento eleitoral antes das eleições foi bem menor do que naquelas em que ele não foi realizado. O índice de ausentes nas primeiras foi de 16%, em média, no segundo turno. Nas demais, ele chegou a 24,58%.
MORTO-VIVO
Os dados, compilados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), confirmam a suspeita de que o alto índice de abstenção em boa parte das cidades pode ter sido inflado por eleitores que já morreram ou que se mudaram de cidade, mas ainda constam como aptos a votar naquele lugar. Quando há recadastramento, eles são eliminados da lista e o índice de abstenção cai.
NO COMEÇO
As capitais que bateram recordes de abstenção têm em comum o fato de não terem completado o recadastramento. No Rio de Janeiro, onde ele alcançou só 3,44% dos eleitores, os "ausentes" chegaram a 26,8%. Em Porto Alegre, com 5,81% de recadastrados, a abstenção bateu nos 25,26%. Em Belo Horizonte, com 14,63% de recadastrados, chegou a 22,7%.
REGRA
Há poucas exceções ao que parece ser uma regra: Goiânia e Porto Velho recadastraram 99% dos eleitores e tiveram alto índice de ausentes, de 24% e 23,3%, respectivamente.
MAIS É MENOS
As capitais que, no segundo turno, registraram os menores índices de abstenção já completaram o recadastramento e puderam realizar a eleição por meio de identificação biométrica. É o caso de Recife e Vitória, em que a abstenção foi de 13%, e São Luís e Florianópolis, com 16%. |
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Cidades que atualizaram dados para excluir eleitores mortos têm abstenção menor
Mônica Bergamo - Folha de São Paulo