terça-feira, 1 de novembro de 2016

Al Pacino recebe crítica inesperada após espetáculo em Buenos Aires:’vergonha alheia’

THE HUMBLING - 2015 FILM STILL - Al Pacino and Nina Arianda- Photo Credit: Christie Mullen Foto: Christie Mullen
THE HUMBLING - 2015 FILM STILL - Al Pacino and Nina Arianda- Photo Credit: Christie Mullen - Christie Mullen
AP
Norma Aleandro, uma das maiores atrizes argentinas, considerou apresentação ‘um horror’
BUENOS AIRES — Al Pacino foi aplaudido de pé em Buenos Aires, após sua primeira apresentação solo na América Latina. Com uma exceção. “Para mim foi um horror”, disparou Norma Aleandro, uma das maiores atrizes argentinas de todos os tempos, em declaração que surpreendeu nossos hermanos.
Pacino apresentou no último sábado no Teatro Colón o espetáculo "An Evening with Al Pacino" ("Uma noite com Al Pacino"), no qual repassa toda a sua vida desde a infância, incluindo curiosidades pouco conhecidas de sua carreira. No final da apresentação, responde a perguntas do público.

Em conversa com a rádio “Once Diez“, a atriz argentina lamentou, nesta segunda-feira, que uma figura como Pacino — com ampla e reconhecida trajetória — apresente um espetáculo repleto de "bobagens" que alguém contaria a amigos, não a um público num teatro.

“Me deu vergonha alheia ver alguém no palco como se estivesse enganando a todos ali”, disse a protagonista de “A história oficial”, primeiro filme argentino a ganhar um Oscar, em 1986. No mesmo ano ela ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes. “Eu aguentei 50 minutos e fui embora”, completou.

O espetáculo de Pacino, de 76 anos, foi produzido por empresários locais, entre eles seu cunhado Federico Polak, irmão de Lucila, a namorada argentina de 37 anos do ator americano. Celebridades, políticos e empresários portenhos se destacavam entre o público que pagou até US$ 1 mil por um dos 2.700 ingressos para o show.

Ainda que tenham criticado a tradução simultânea para o espanhol das falas de Pacino, a crítica especializada foi no geral condescendente com o protagonista de clássicos do cinema como “O poderoso Chefão”, “Sérpico” e “Scarface”.