A energia solar fotovoltaica de microgeração aumentou em mais de quatro vezes nos últimos doze meses, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Só neste ano, o número de conexões instaladas no país subiu 99%. Até o fim de 2016, o setor projeta que a alta total chegue a 800%.
A disparada é fruto das recentes mudanças de regulamentação, aprovadas no fim do ano passado e em vigor desde março, que permitem que o excedente gerado possa ser descontado da fatura de energia elétrica.
"Além disso, o tamanho máximo dos sistemas subiu para 5 megawatts e foram criados mecanismos de compensação para condomínios e consórcios", afirma o presidente da Absolar (entidade do setor), Rodrigo Sauaia.
A tributação da energia ainda é um entrave, segundo ele.
Hoje, 16 Estados têm um convênio com o Confaz (conselho de política fazendária) para que o ICMS não recaia sobre energia gerada, o que reduz o custo em 20%, diz o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello.
Outra barreira é o alto preço dos equipamentos, hoje importados. A célula fotovoltaica representa 80% do custo de geração, segundo Mello.
Um programa de incentivo à microgeração, anunciado pelo governo federal em dezembro de 2015, promete desonerar a importação e criar novas linhas de financiamento ao setor. A implementação do projeto está em análise.
"Com a crise, porém, dificilmente algo sairá agora."
98%
dos sistemas instalados são solares fotovoltaicos
dos sistemas instalados são solares fotovoltaicos
48%
dos sistemas está em Minas, São Paulo e Rio
dos sistemas está em Minas, São Paulo e Rio
29,74 MW
é o potencial instalado por micro e minigeração
é o potencial instalado por micro e minigeração
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BOM PARA QUEM?
A decisão de manter a meta de inflação em 4,5% em 2018 surpreendeu parte do mercado, que esperava uma redução para 4%.
Para a equipe econômica, porém, uma queda da meta anunciada pelo Conselho Monetário Nacional não seria benéfica e passaria uma mensagem de tendência ao aperto monetário.
"Indicaria que os juros iriam ficar mais altos", disse um membro da área.
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Executivos gastam mais tempo com dívida no Brasil
As altas alavancagens das empresas e a dificuldade para acessar crédito são problemas específicos de diretores financeiros das companhias abertas do Brasil.
A avaliação é de Tim Koller, sócio da McKinsey em Nova York e autor de um livro sobre precificação de negócios, que está em São Paulo.
"Gerenciar dívida e conseguir acessar crédito é muito mais desafiador do que em outros mercados onde o setor financeiro pode gastar mais tempo com investidores."
O papel dos diretores financeiros tem mudado ao longo dos anos, diz, e uma das novas funções é decidir quais unidades de negócios vão servir para crescer e quais poderão dar retorno.
"A questão é encontrar o balanço correto dentro de cada empresa", afirma.
Devem sair do mercado de capitais os primeiros sinais robustos de que a crise chega ao fim, diz Koller.
Existe um padrão em recessões, diz: a economia cai, lucros caem e preços de ativos financeiros acompanham.
"Os agentes não percebem pontos de inflexão no comércio de ações, mas, se olharmos pelo lado bom, eles antecipam as melhoras."
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PEDE PARA VIAGEM
Das cem lojas que a rede de lanchonetes Bob's pretende abrir neste ano, 65 serão localizadas em cidades do interior. Em 2015, foram inaugurados 102 pontos de venda.
A previsão de investimento com as novas unidades é de R$ 80 milhões.
"Desde 2009, quando começamos o movimento de interiorização da marca, percebemos o potencial de negócios desses locais", diz Marcello Farrel, diretor-executivo da cadeia de restaurantes.
Na época, a empresa iniciou a expansão por municípios com 200 mil habitantes. Hoje, opera em localidades com 60 mil.
"Um dos nossos principais focos serão as cidades do Estado de São Paulo, onde há muito campo para crescermos."
A partir deste mês, o grupo vai promover encontros no interior com potenciais franqueados.
1.130
são os pontos de venda
são os pontos de venda
18 MIL
é o número de funcionários
é o número de funcionários
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Caução O Instituto Butantan receberá R$ 33 milhões do Ministério da Saúde para produzir vacina contra a dengue. É a segunda parcela da mesma soma. A previsão é que sejam repassados R$ 100 milhões.
Força... A quantidade de riqueza nas mãos dos super-ricos aumenta a cada ano, segundo a Capgemini. Impulsionados pelos setores de serviços e tecnologia, os asiáticos agora controlam mais capital.
...oriental Em 2015, eles tinham US$ 17,39 trilhões (R$ 57,8 trilhões) nas mãos. O Brasil foi o país em que os muito ricos mais perderam poder nesse período: queda de 8% em relação a 2014.
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DESCE SÓ UMA, GARÇOM
A produção de cerveja em garrafas retornáveis caiu 5,8% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015, segundo dados do Sicobe (Sistema de Controle da Produção de Bebidas).
Aumentar a oferta de produtos nesse modelo de embalagem, que tem melhor custo-benefício, era uma das estratégias das empresas do setor para vender mais e contornar a crise no início do ano.
"A garrafa é vantajosa, mas se o consumidor tem menos na carteira, não adianta a embalagem de um litro ser mais barata. Nesse sentido, as latas, que exigem desembolso menor, têm vantagem", diz Paulo Petroni, da CervBrasil (das fabricantes do setor).
No mesmo período, a produção em latinhas teve uma queda menor, de 1,3%.
HORA DO CAFÉ
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA