Alexandre Moraes chegou cedo à Superintendência da PF de SP para participar do briefing da Boca Livre, que prendeu 14 pessoas de uma organização criminosa suspeita de desviar R$ 180 milhões
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, acompanhou o briefing da operação Boca Livre da Polícia Federal. O ministro chegou por volta das 4h30 na Superintendência da PF de São Paulo e participou da reunião, que marca o início de uma operação policial. É ali que são dadas as instruções para os policiais que vão para as ruas cumprir os mandados e as tarefas a serem executadas pelo grupo. É também nessa reunião que os “alvos” são conhecidos.
Ele estava acompanhado do diretor geral da PF, Leandro Daiello, do diretor de combate ao crime organizado, Maurício Valeixo, do superintende de SP, Disney Rosseti, e dos policiais envolvidos na operação. Moraes estava curioso para conhecer o rito de uma operação da PF. Na semana passada, ele foi a Curitiba visitar a Força Tarefa da Lava Jato.
A operação Boca Livre apura desvios de recursos federais em projetos culturais com benefícios de isenção fiscal previstos na Lei Rouanet. Catorze pessoas foram presas. O grupo criminoso conseguiu aprovar mais de R$ 180 milhões em projetos no Ministério da Cultura. As fraudes, segundo as investigações, ocorriam há mais de 20 anos. Além das prisões, os policiais cumpriram 37 mandados de busca e apreensão, em sete cidades nos estados de SP, Rio de Janeiro e Distrito Federal.