Vendas caem 7,3% no semestre
Joel Leite - Uol Carros
Governo Dilma já socorreu a indústria e expectativa é reverter o quadro nos próximos meses
Com um mês de junho fraco, principalmente por causa dos feriados provocados pelos jogos da Copa (veja matéria) o mercado de carros e comerciais leves teve o pior primeiro semestre dos últimos três anos.
Foram vendidas de janeiro a junho 1.583.066 unidades, contra 1.707.633 no mesmo período do ano passado, o que indica uma queda de 7,3%.
O desempenho do primeiro semestre só foi melhor que o resultado do mesmo período de 2010, quando foram vendidos 1.393.677 carros e comerciais leves.
Embora a queda de vendas no semestre seja pior do que as estimativas traçadas no início do ano, as vendas de junho surpreenderam positivamente. Considerando que o mês teve um feriado nacional e três dias “meia boca”, com os jogos do Brasil na Copa, as vendas de 250.490 unidades no mês podem ser consideras boas. A média diária, considerando os dias de jogos como “úteis”, foi de 12.552 unidades.
Além disso, a expectativa é de melhora do desempenho do setor no segundo semestre. Como sempre acontece, o governo já anunciou socorro à indústria automobilística, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantendo a redução do IPI até dezembro (veja como fica o imposto). Luiz Moan, presidente da Anfavea, ao receber ontem a boa notícia de Mantega, acha que a medida pode reverter a tendência de vendas. Situação semelhante aconteceu em 2012, quando o primeiro semestre teve queda de vendas (veja quadro de vendas no primeiro semestre desde 2007 ) e com a ajuda do governo o segundo foi de recuperação, com mo ano fechando com crescimento.
O presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, Flávio Rocha, também presente na reunião de ontem com Guido Mantega, disse que a expectativa é positiva para o segundo semestre, acha que após o encerramento da Copa o mercado vai voltar a crescer. Especialmente porque a realização do evento sem problemas e superando a expectativa deverá trazer de volta a confiança ao consumidor.