Bruna Fasano - Veja
Coligação composta por quinze partidos dará a Serra três minutos de exposição. Meta de ex-governador será vencer Eduardo Suplicy (PT)
José Serra, ex-governador de São Paulo (Eduardo Biermann)
"Nós tínhamos quinze partidos na nossa coligação e, pela legislação nova, se um partido não participa da coligação de senador você desmonta a coligação dos quinze e ficaria apenas com o tempo de televisão do seu partido. Então, ficaria com o tempo pequeno. Os outros catorze não teriam o tempo aproveitado. Nós conseguimos construir uma aliança também para o Senado em que todos os partidos estarão juntos. Então, terá um ótimo tempo de televisão, acredito até que será o maior", afirmou o governador, durante inauguração de uma nova área anexa de um hospital na capital paulista.
A coligação dos quinze partidos que fazem parte da chapa do PSDB irá render a Alckmin de seis a sete minutos no horário eleitoral gratuito, segundo a direção estadual do partido. Já Serra terá três minutos.
"O Serra é uma pessoa extremamente preparada e será bom para São Paulo ter um senador da sua estatura, da sua experiência. Para São Paulo é ótimo. É bom para o Brasil ter um quadro com essa capacidade de trabalho no Senado Federal", afirmou Alckmin.
Serra irá enfrentar o petista Eduardo Suplicy, que disputa seu quarto mandato como senador – está, portanto, há 24 anos no cargo. Na segunda-feira, o ex-prefeito Gilberto Kassab, do PSD, também teve seu nome lançado na disputa. Mas, após confirmação da candidatura de Serra, poderá reavaliar a decisão.
O presidente do PSD decidiu na segunda-feira disputar o Senado pela chapa de Paulo Skaf (PMDB), adversário de Alckmin ao governo do Estado. Serra é o principal padrinho político de Kassab. O ex-prefeito foi vice do tucano na prefeitura de São Paulo e herdou o cargo em março de 2006, quando Serra deixou o posto para ser candidato ao governo paulista.