Texto publicado originalmente no Blog do José Tomaz
Há pouco, em solenidade no Congresso Nacional, pelos 30 anos da Constituição, autoridades discursaram em defesa da Carta.
Inclusive o presidente eleito Jair Bolsonaro.
Por que essa obsessão?
Tudo bem que o Brasil não é exatamente um exemplo de nação séria, ao contrário de Estados Unidos, Inglaterra, Canadá... Mas, essa perspectiva de mudar a regra do jogo a todo instante merece, no mínimo, repulsa.
Mesmo com todos os problemas que a 'Constituição Cidadão' comporte, se as leis fossem cumpridas esse discurso sobre nova constituinte seria dispensável.
Ocorre que temos uma Justiça mequetrefe.
Entre outras questões, a insegurança jurídica provoca desconfiança de investidores nacionais e estrangeiros, e impede que o Brasil avance.
De resto, tivemos nos últimos anos governos francamente corruptos, que destruíram a imagem do país e baixaram drasticamente a autoestima do brasileiro.
Quantas vezes, no exterior, ouvimos a incômoda pergunta:
"Lula já foi preso?"
E a pergunta impertinente apenas foi alterada, após a prisão do criminoso:
"Já soltaram o Lula?".
Esses questionamentos são frequentes nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e até aqui perto, no Chile e na Argentina.
Muitos de nós tentamos disfarçar que somos brasileiros, para evitar constrangimento.
Há casos dramáticos de brasileiros que tiveram filhos no exterior e preferiram registrá-los em outros países, mesmo tendo direito a duas cidadanias.
Se o Brasil fosse uma nação séria, Lula estaria no xilindró desde o Mensalão.
Mesmo chefe da quadrilha, não foi sequer denunciado. O que, impune, levou o petista a conceber o Petrolão, o maior esquema de corrupção jamais visto na história da humanidade.
Já imaginaram se não existisse Sérgio Moro e outros juízes?
Lula continuaria solto, debochando de quem trabalha, produz e paga impostos.
A propósito, advogados da organização criminosa petista entraram com novo pedido de liberdade do 'capo'.
Não carecemos de uma nova Constituição. Precisamos é que as leia sejam cumpridas.