Eliane Oliveira, O Globo
Áreas são as mais valiosas e tinham potencial de arrecadação de R$ 3,55 bi, mais de 70% da receita prevista
Na véspera de um amplo leilão de áreas para exploração de petróleo fora do pré-sal, marcado para amanhã, o governo sofreu uma derrota nesta quarta-feira. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu retirar dois dos 70 blocos que seriam licitados na 15ª rodada de concessões, em leilão marcado para amanhã, quinta-feira. Os blocos retirados tinham um potencial de arrecadação de R$ 3,55 bilhões, o equivalente a 74% da receita total prevista pelo governo, de R$ 4,8 bilhões.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou ter tomado conhecimento da decisão do TCU e que está trabalhando para que as áreas retiradas sejam leiloadas ainda em 2018.
"O MME informa que está analisando a decisão tomada, a qual respeita, e que no período mais curto possível vai submeter ao Conselho Nacional de Política Energética uma nova proposta para leiloar essas três áreas ainda em 2018.", diz um trecho do comunicado.
Quase R$ 2 bilhões por um bloco
Os dois blocos retirados foram o S-M-534 e o S-M-645, ambos na Bacia de Santos, os mais valiosos do leilão, com valor de lance inicial de R$ 1,90 bilhão e R$ 1,65 bilhão, respectivamente.
