O prefeito paulistano João Doria, que vai tentar a indicação do PSDB
para disputar o governo do estado (Fátima Meira/Futura Press/Folhapress)
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou o que há muito já se especulava: é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB na eleição deste ano. Em evento para formalizar sua inscrição nas prévias, que ocorrerão no próximo domingo, 18, o tucano acenou a adversários e se esforçou para apresentar sua postulação como um desejo do partido, não dele.
“Eu fico sensibilizado com esse movimento, que nasceu dos diretórios e da militância”, afirmou, citando o documento com cerca de 1.800 assinaturas de delegados tucanos em seu favor. “Eu não pedi a ninguém que assinasse. Não reivindiquei, mas estou aqui, como um militante do PSDB”, completou.
Questionado se tinha aval de Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato do partido à Presidência da República, que não estava presente ao evento, o prefeito disse que o governador respeitará a decisão da legenda. “Eu não preciso de aval do governador, eu preciso do aval do PSDB.”
Em sua fala, Doria retomou o discurso antipetista que o consagrou em 2016. “O nosso adversário não está dentro do PSDB. Nosso adversário é o PT”.
Esforçado em dizer a todo o momento que ele não pretendia ser candidato, se esquivou de responder se temia rejeição por aceitar deixar o cargo apenas um ano e três meses depois de eleito prefeito de São Paulo. “Nós ainda temos uma tarefa, que é vencer as prévias. Mas quero voltar a dizer que a nossa gestão é coletiva, sempre com o [vice-prefeito] Bruno Covas e nossa equipe”, afirmou, antes de dizer que ia “ficar em São Paulo”, continuando a ajudar a capital como governador.
