sábado, 17 de março de 2018

Defesa pede para Lula - corrupto condenado a mais de 12 anos no xilindró - continuar sendo investigado no STF, onde tipos como Toffoli, Lewandowski, Gilmar... podem salvar qualquer bandido



Petista resiste a ir para o xadrez. Acha que não é um ladrão qualquer...
- Lucio Tavora/AFP/15-03-2018


No processo conhecido popularmente como "quadrilhão do PT", um dos que tiveram origem na Operação Lava-Jato, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira que ele continue a ser investigado no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em decisão tomada na semana passada, o relator do inquérito, ministro Edson Fachin, dividiu o processo em dois e manteve no STF apenas os casos da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. A parte que diz respeito ao restante dos denunciados e investigados - incluindo Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, que não têm foro privilegiado — foi enviada para a Justiça Federal do Distrito Federal.

O pedido dos advogados de Lula foi encaminhado ao próprio Fachin. Eles solicitam que o ministro reconsidere sua decisão.

Em setembro do ano passado, o então procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou os dois ex-presidentes e mais seis pessoa ligadas ao PT pelo crime de organização criminosa. O valor da propina recebida por eles , segundo Janot, chegou a R$ 1,485 bilhão. O procurador-geral apontou Lula como líder e "grande idealizador" da organização criminosa, devendo inclusive ser condenado a uma pena maior por isso. O grupo teria atuado de 2002, quando Lula venceu a eleição presidencial, a maio de 2016, quando Dilma deixou interinamente o cargo de presidente em razão do processo de impeachment no Congresso.

O fato de Janot ter qualificado Lula de líder foi usado como argumento para manter o caso no STF. Isso porque haveria uma ligação entre o ex-presidente e a atuação de Gleisi e Paulo Bernardo.

"Segundo absurda narrativa acusatória, o agravante (Lula) exerceria o papel de comandante do núcleo político – supostamente composto por ele e outras pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores –, de uma complexa organização criminosa na qual a parlamentar e seu cônjuge, um ex-ministro de Estado, desempenhariam, no seio do grupo, o papel de angariar recursos (vantagens indevidas) e dar suporte ao suposto esquema ilícito."