O pedido dos advogados de Lula foi encaminhado ao próprio Fachin. Eles solicitam que o ministro reconsidere sua decisão.
Em setembro do ano passado, o então procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou os dois ex-presidentes e mais seis pessoa ligadas ao PT pelo crime de organização criminosa. O valor da propina recebida por eles , segundo Janot, chegou a R$ 1,485 bilhão. O procurador-geral apontou Lula como líder e "grande idealizador" da organização criminosa, devendo inclusive ser condenado a uma pena maior por isso. O grupo teria atuado de 2002, quando Lula venceu a eleição presidencial, a maio de 2016, quando Dilma deixou interinamente o cargo de presidente em razão do processo de impeachment no Congresso.
O fato de Janot ter qualificado Lula de líder foi usado como argumento para manter o caso no STF. Isso porque haveria uma ligação entre o ex-presidente e a atuação de Gleisi e Paulo Bernardo.
"Segundo absurda narrativa acusatória, o agravante (Lula) exerceria o papel de comandante do núcleo político – supostamente composto por ele e outras pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores –, de uma complexa organização criminosa na qual a parlamentar e seu cônjuge, um ex-ministro de Estado, desempenhariam, no seio do grupo, o papel de angariar recursos (vantagens indevidas) e dar suporte ao suposto esquema ilícito."