Desempenho da indústria em 2017
foi o melhor desde 2010, quando a
alta foi de 10,2%; resultado positivo
vem após três anos de recessão
para o setor: 2014 (-3,0%),
2015 (-8,3%) e 2016 (-6,4%),
informa o IBGE
O Estado de S.Paulo
A produção industrial no País cresceu 2,5% em 2017, tendo o melhor desempenho desde 2010, quando a alta foi de 10,2%, informou nesta quinta-feira, 1, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado positivo vem após três anos de recessão para o setor: 2014 (-3,0%), 2015 (-8,3%) e 2016 (-6,4%).
Em dezembro do ano passado, a produção industrial nacional cresceu 2,8% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, a maior alta desde junho de 2013 (3,5%). Nos quatro últimos meses, as taxas foram positivas, acumulando alta de 4,2%.
Em relação a dezembro de 2016, a indústria teve alta de 4,3%, a oitava taxa positiva consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior (série sem ajuste), mas inferior às taxas de outubro (5,5%) e novembro (4,7%). Com isso, frente ao mesmo período de 2016, indústria cresceu 4,9% no quarto trimestre e 4,0% no segundo semestre.
Capacidade. A indústria brasileira operava em dezembro 13,8% abaixo do pico de produção registrado em junho de 2013, segundo os resultados do IBGE.
"A distância (do pico) já foi bem superior. Em fevereiro de 2016, essa distância alcançava 21,6%. Em outubro de 2016, essa distância era de 20,6%. Ou seja, claramente no ano de 2017, a despeito desse movimento de recuperação gradual, a indústria vem conseguindo recuperar esse espaço perdido. Mas ainda há uma distancia considerável a percorrer", avaliou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Apesar da melhora do ritmo de produção, o parque fabril ainda operava em patamar semelhante ao de junho de 2009.
Setores. Na comparação de dezembro frente a novembro de 2017, a indústria cresceu em três das quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE.
As principais influências positivas foram veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%), que reverteu a queda de 0,8% no mês anterior, e produtos alimentícios (3,3%), que avançou pelo segundo mês consecutivo e acumulou crescimento de 4,3%.
Das sete atividades com queda na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,1%) teve a maior contribuição negativa, pressionada, em grande medida, pelo item óleo diesel. Outras baixas importantes vieram de outros equipamentos de transporte (-10,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%), de produtos de minerais não metálicos (-3,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%).