Derek Flores/Jovem PanMichel Temer minimizou demissão de Fernando Segovia: "foi um ajustamento"
Em entrevista exclusiva ao 3 em 1 desta quarta-feira (28), Michel Temer repercutiu a decisão de Raul Jungmann de afastar Fernando Segovia do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O presidente disse que foi uma decisão que reforça a autonomia de Jungmann à frente do Ministério de Segurança Pública.
“O ministro da segurança [Jungmann] montaria sua equipe, chegando ele montaria sua equipe, dei autonomia, ele conversou comigo [antes do afastamento]”, explicou. Temer ainda reforçou que “não houve uma dispensa, mas um ajustamento”, já que Segovia deverá partir para Roma em outra atividade ainda não especificada.
Apesar da curta e turbulenta passagem de Segovia pela PF – culminando com a recomendação de que o inquérito do Decreto dos Portos, que investiga o presidente, fosse arquivado por “falta de provas” – , Temer deixou sua análise: “ele fez um trabalho muito correto e adequado ao longo desses praticamente 3 meses”.
Para justificar sua indicação de Segovia para o cargo, Temer foi enfático: “houve zero conotação política”. “O nome dele me foi trazido por 5,56 associações da PF, vários setores apoiando seu nome e mais dois, optei por ele e depois disseram que houve influência de A,b e C, não houve, como agora com a nomeação de [Rogério] Galloro; é questão meramente profissional”, concluiu.