É a maior taxa anual desde outubro de 1991
Pelo 14º mês seguido, a inflação oficial anual da Argentina teve alta. O índice de preços ao consumidor subiu 7,7% em março, chegando a 104,3% na taxa anual. O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou a informação na sexta-feira 14.
O acumulado anual está acima da mais alta taxa registrada até então, em outubro de 1991, quando alcançou 102,4%.
Os preços dos itens regulados subiram 8,3%, no comparativo mensal, e 97,1%, no comparativo anual. Os preços dos produtos sazonais subiram 9,3%, no comparativo mensal, e 127,3%, no comparativo anual.
A economia da Argentina está em crise há muito tempo. No entanto, se agravou nos últimos anos. O país tem como tradição a política peronista, que defende a intervenção do governo nas relações comerciais.
O presidente Alberto Fernández tem anunciado diversas medidas econômicas, para reverter a falta de confiança da sociedade e dos mercados. Recentemente, o peronista alegou que a falta de dólares no país se deve ao fato de a população desperdiçar a moeda em turismo.
Mais de 11 milhões de argentinos vivem abaixo da linha da pobreza, segundo dados do segundo semestre de 2022. O número caiu em 2020, mas voltou a crescer a partir do segundo semestre de 2021.
Leia mais: “Buenos Aires definha”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 159 da Revista Oeste
Revista Oeste