Plataforma permite a digitalização do solo e das atividades agrícolas
A tecnologia permite financeiramente medir, reportar, verificar e comercializar o carbono na agricultura, ao mesmo tempo em que faz a gestão da fertilidade do solo e nutrição das plantas para o gerenciamento de indicadores de sustentabilidade e produtividade agrícola.
A plataforma foi desenvolvida alinhada a critérios científicos aceitos internacionalmente e tem como base a tecnologia Laser Induced Breakdown Spectroscopy (LIBS), mesma técnica que a agência espacial norte-americana (Nasa) embarcou nos robôs para avaliação do solo do Planeta Marte. No segundo semestre de 2022, a tecnologia LIBS foi aprovada mundialmente pela certificadora norte-americana Verra, que gerencia o principal programa voluntário de mercados de carbono do mundo, o Verified Carbon Standard (VCS).
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Débora Milori, que coordena o Laboratório Nacional de Agrofotônica (Lanaf), a LIBS é uma técnica espectro analítica rápida, reprodutível e limpa. “Ela usa pulsos laser de alta energia para criar um microplasma na superfície da amostra e, assim, determinar a sua composição química. Por ser uma técnica analítica direta, ela pode ser aplicada a uma grande variedade de amostras em diferentes estados físicos da matéria”, explica Milori.
Segundo ela, na agricultura, o LIBS permite analisar a composição química de solos sem a necessidade de um laborioso preparo de amostras e qualquer geração de resíduos químicos. Portanto, o uso do LIBS na agricultura e no meio ambiente é tão inovador e sustentável.
Crédito de carbono: lançamento da plataforma da Embrapa
A plataforma AGLIBS foi lançada no aniversário de 50 anos da Embrapa, comemorado em 26 de abril, em Brasília (DF). A ferramenta será apresentada ao público no estande da Embrapa na 28ª edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que será realizada de 1º a 5 de maio, em Ribeirão Preto (SP).
Revista Oeste