No país, existem dois câmbios: um oficial e outro paralelo, que representa o valor das ruas
No mercado informal de câmbio, a moeda da Argentina despencou para a pior cotação de sua história nesta terça-feira, 25. Com a queda, são necessários quase 500 pesos argentinos para comprar US$ 1.
Quando Alberto Fernández, atual presidente do país, assumiu o poder, a cotação estava em cerca de 70 pesos por dólar. A brutal desvalorização da moeda argentina, somada à relutância do governo em assimilar a queda, gerou duas cotações distintas para o câmbio do país. Uma oficial, divulgada pelo Banco Central argentino, e outra no mercado paralelo, representando o valor praticado livremente nas ruas.
De acordo com o jornal La Nacion, enquanto a autoridade monetária do país lista U$S 1 para cerca de 220 pesos, cada dólar é negociado por quase 500 pesos no mercado paralelo. Ou seja: na prática, o valor real é menos da metade do oficial.
Desde que o ano teve início, a moeda norte-americana já subiu 35% no câmbio paralelo. No primeiro dia de 2023, a cotação estava em 346 pesos por dólar. No caso da cotação oficial, o valor do começo do ano estava em cerca de 180 pesos.
Leia também: “Inflação da Argentina é menor apenas que a da Venezuela e do Zimbábue”
Artur Pivs, Revista Oeste