Petista descumpre promessa de campanha
Os preços da gasolina, do diesel e do botijão de gás subiram e bateram recordes históricos, no primeiro dia de governo Lula. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíves (ANP), os preços médios da gasolina e do diesel tiveram alta de 8,73% e 14,4% nesta semana. A pesquisa da ANP encontrou gasolina a R$ 8,39 o litro, em Balsas, no Maranhão. O maior preço do diesel foi em Ilhéus, na Bahia, a R$ 7,98. Já o botijão de gás de 13 quilos teve alta de 9,9%, e chegou a R$ 160, em Sinop (MT).
Os preços são os maiores, desde o início da pesquisa semanal feita pela ANP, em 2004.
A medida contraria a promessa de campanha de Lula, de abrasileirar o preço dos combustíveis. “O preço atual do combustível é a demonstração mais inequívoca de irresponsabilidade”, afirmou o petista, em entrevista à rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, em 24 de março de 2022. “Se voltarmos ao governo, vamos abrasileirar o preço dos combustíveis.”
Na semana passada, o então ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, fez uma publicação no Twitter, afirmando que “por determinação do novo governo, não poderemos editar medida provisória (MP) prorrogando isenção de PIS e Cofins sobre combustíveis”.
“O governo Lula optou para que, no dia 1º de janeiro, o preço da gasolina, do diesel e do etanol aumente”, escreveu o ministro.
As isenções dos impostos federais, feitas por Jair Bolsonaro, para driblar a alta da inflação terminaram no sábado 31.
Mesmo Lula recuando e assinando, no dia 1º, a prorrogação de uma MP para estender a isenção de Pis/Cofins nos combustíveis por 60 dias, os preços subiram.
No Piauí e no Rio Grande do Norte, o preço do litro da gasolina foi encontrado a R$ 7,99 e R$ 7,92. O Amapá aparece com o menor preço médio do país, com R$ 6,27. Em São Paulo, a média foi de R$ 6,86 por litro.
Revista Oeste