O grão é fundamental para a indústria de alimentos e é matéria-prima para a produção de etanol
As exportações de milho renderam ao Brasil cerca de US$ 12 bilhões, somando todos o meses de 2022. O valor é um recorde no histórico mantido pelo governo federal.
Cerca de 75 destinos, entre países e territórios autônomos, receberam as exportações de milho do Brasil no ano passado. A lista inclui localidades em todos os continentes.
Os bons resultados ocorrem em meio à safra recorde do grão. Ao longo de 2022, a colheita atingiu por volta de 110 milhões de toneladas. Mais da metade da produção veio de plantações no Centro-Oeste do Brasil. Os agricultores do Mato-Grosso, Estado localizado na região, colheu pouco mais de 40 milhões de toneladas.
A cultura está entre os carros-chefes do agronegócio brasileiro. É segunda maior colheita do país, perdendo apenas para soja. O milho é um componente muito usado na indústria.
“Apenas 5% do milho produzido se destina ao consumo humano direto, sob a forma de farinhas, fubás, angu, mingaus, pamonha, canjica, cuscuz, polenta, cremes, bolos, pipoca ou simplesmente milho cozido e assado”, escreve Evaristo de Miranda em um artigo na Edição 123 da Revista Oeste. “Na indústria agroalimentar, ele entra na composição de biscoitos, pães, chocolates, doces, geleias, sorvetes, maioneses, uísques e cervejas. A cerveja brasileira contém 45% de milho, em vez de cevada”
O especialista lembra ainda que o milho “não é transformado em álcool apenas na cerveja.” O grão também da origem ao etanol, combustível renovável utilizado para a geração de energia, usado, por exemplo, em veículos.
Artur Piva, Revista Oeste