Os que avaliam o trabalho do STF (Supremo Tribunal Federal) como “ruim/péssimo” passaram de 29%, em outubro, para 35% em dezembro. Os números são de pesquisa PoderData.
Eram 48% os que diziam que a atuação da Corte era “regular”. Agora, são 44%. As avaliações “ótimo/bom” passaram de 20% para 16%. Nos 2 casos, a oscilação ficou no limite da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais. Isso significa que é muito provável que o movimento detectado pela pesquisa esteja certo, mas não é possível cravar.
A evolução de “ruim/péssimo” superou a margem de erro, por isso é seguro dizer que essa avaliação ganhou espaço.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 21 a 23.dez.2020, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 470 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
NOS ESTRATOS
O segmento da população com renda mais alta, acima de 10 salários mínimos, é o mais crítico à atuação do STF. Nele, 70% disseram ser “ruim/péssimo” o trabalho do Tribunal na pesquisa de dezembro.
Os homens são mais críticos ao desempenho da Corte que as mulheres. Entre eles, 50% disseram que é “ruim/péssimo”, 34% classificaram como “regular”, e 13%, como “ótimo/bom”.
Entre as mulheres, 21% avaliaram o trabalho do Supremo como “ruim/péssimo”, enquanto 52% disseram ser “regular”, e 18%, “ótimo/bom”.
Os mais jovens foram os que mais atribuíram avaliação negativa ao trabalho do STF. Na faixa de 16 a 24 anos, 41% disseram que o trabalho do Tribunal é “ruim/péssimo”, 50% afirmaram ser “regular”, e 6%, “ótimo/bom”.
Os que estudaram menos atribuíram menos avaliações negativas ao Supremo. No grupo que interrompeu os estudos no ensino fundamental, 29% disseram que é “ruim/péssimo” o trabalho da Corte.
Caio Spechoto, Poder360