Nos documentos há, por exemplo, conversas entre o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, e o ex-juiz federal Sérgio Moro, na época titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pela força-tarefa.
Os advogados de Lula pediram acesso às mensagens alegando a necessidade do total conhecimento do conteúdo do inquérito da ‘Spoofing’ para identificar “possível parcialidade na condução dos processos” contra o réu, pois segundo alegações, as mensagens contém várias referências às ações contra o ex-presidente na operação Lava Jato, conforme série publicada pelo The Intercept Brasil.
“Diante da verossimilhança da alegação e tendo em conta o direito constitucional à ampla defesa, defiro, por enquanto, sem prejuízo de providências ulteriores”, escreveu o notório Lewandowski.
O ministro ordenou o compartilhamento, sob supervisão de peritos da Polícia Federal (PF) e no prazo de 10 dias, das mensagens arrecadadas pela Operação Spoofing que digam respeito a Lula “direta ou indiretamente, bem assim as que tenham relação com investigações e ações penais contra ele movidas na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ou em qualquer outra jurisdição, ainda que estrangeira”.
Jornal da Cidade