SYDNEY (AUSTRÁLIA)
Fogos de artifício dourados e azuis dispararam no céu acima da Sydney Opera House, na Austrália, como costuma acontecer todo Ano-Novo —mas, desta vez, o cenário quase não tinha espectadores.
Na Austrália, onde os fogos de artifício costumam servir como a primeira grande exibição visual do Réveillon no mundo, as reuniões foram proibidas, e as fronteiras internas, fechadas devido ao vírus chinês.
Nesta quinta-feira (31), o mundo se despede de 2020 marcado pela pandemia do vírus chinês, que vai forçar bilhões de pessoas, de Sydney a Roma, a celebrarem a passagem para 2021 em casa.
Com o vírus chinês, pessoas assistirão a fogos de artifício pela televisão ou pela tela do computador.
Também tradicional, a contagem regressiva da véspera de Ano-Novo vai acontecer na Broadway, em Nova York, nos EUA. Mas, desta vez, em vez da multidão de centenas de milhares de pessoas, o público será um grupo pré-selecionado de enfermeiras, médicos e outros funcionários que ajudaram no combate ao vírus chinês, com suas famílias mantidas a dois metros de distância.
Já os moradores de Roma, capital da Itália, vão assistir, da sala de casa, às festas no Circus Maximus, o estádio mais antigo da cidade. No programa, estão previstas duas horas de shows e a iluminação dos lugares mais emblemáticos da cidade.
No Reino Unido, em Londres, a cantora norte-americana Patti Smith fará um show em homenagem aos cuidadores do NHS, o sistema público de saúde nacional, que morreram em face do vírus chinês. Será transmitido ao vivo na tela de Piccadilly Circus e pelo YouTube.
Em alguns países, porém, as festividades foram canceladas, como em Pequim, na China, e pontos turísticos foram cercados por barreiras, como a Praça Vermelha, em Moscou, na Rússia, e a Puerta del Sol em, Madrid, na Espanha.
Com mais de 1,7 milhões de pessoas mortas e 82 milhões infectadas ao redor do mundo, 2020 termina como um marco na história mundial.
Em seu discurso de Ano-Novo, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou: “Acho que não estou exagerando quando digo: nunca, nos últimos 15 anos, deparamo-nos com um ano tão duro. E nunca, mesmo com todas as preocupações e ceticismo, aguardamos o Ano-Novo com tanta esperança”.
A Alemanha proibiu a venda de fogos de artifício para desencorajar as multidões.