A expectativa do mercado para a taxa básica de juros no final deste ano foi reduzida a 4,75%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (30), com o cenário para o dólar chegando a R$ 4.
A Selic foi reduzida neste mês em 0,50 ponto percentual, para 5,50% ao ano, nova mínima histórica, com o BC indicando de forma explícita novo alívio monetário.
Com isso, a expectativa geral se alinha à do Top-5, grupo que reúne as instituições que mais acertam as previsões.
Para 2020, a expectativa geral para a Selic permaneceu em 5%, mas o Top-5 cortou ainda mais a previsão, chegando a 4,50%, de 4,75% antes.
Já as contas para o dólar aumentaram, com a estimativa para a moeda chegando a R$ 4 neste ano e a R$ 3,91 no próximo, de R$ 3,95 e R$ 3,90 respectivamente na semana anterior.
Reportagem da Folha desta segunda diz que nada indica que o dólar voltará a cair tão cedo e que o mercado tem trabalhado com o valor de R$ 4 para o novo piso.
Entre as explicações para a mudança de patamar do câmbio (a expectativa do início do ano era de que a moeda chegasse a R$ 3,60) está o fluxo cambial —entrada e saída de dólares da economia brasileira.
No acumulado do ano, há uma saída líquida de quase US$ 9 bilhões, ante a entrada de mais de US$ 20 bilhões no mesmo período de 2018. Com menos dólares na economia, mais cara a moeda americana se torna em relação ao real.
Entre as explicações para a mudança de patamar do câmbio (a expectativa do início do ano era de que a moeda chegasse a R$ 3,60) está o fluxo cambial —entrada e saída de dólares da economia brasileira.
No acumulado do ano, há uma saída líquida de quase US$ 9 bilhões, ante a entrada de mais de US$ 20 bilhões no mesmo período de 2018. Com menos dólares na economia, mais cara a moeda americana se torna em relação ao real.
Além disso, há uma aversão global ao risco, fruto da disputa comercial entre EUA e China e de sinais de desaceleração econômica global.
O levantamento semanal ainda apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2019 é de 3,43% e para 2020 de 3,79%, ambos 0,01 ponto percentual a menos do que antes.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento permanecem em 0,87% em 2019 e em 2% para 2020.
Com Reuters